Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 11º MÁX 17º

Trabalhadores de call center de Coimbra em greve contra precariedade

Os trabalhadores do call center da empresa Randstad em Coimbra, que trabalha para a NOS, iniciaram hoje uma greve em protesto contra a ausência de resposta às suas reivindicações na luta contra a precariedade naquele setor.

Trabalhadores de call center de Coimbra em greve contra precariedade
Notícias ao Minuto

21:08 - 01/04/21 por Lusa

Economia Call center

Em declarações à agência Lusa, o delegado de Coimbra do Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC), Nuno Cerqueira, acusou a Randstad de estar a proceder a despedimentos de vários trabalhadores com contratos a termo incerto, por alegada redução da atividade.

"A Randstad opta pela completa ausência de diálogo e procede neste preciso momento a despedimentos por 'caducidade' de vários trabalhadores com contratos a termo incerto, alegando redução de atividade e responsabilizando por esse facto o cliente NOS, que ergueu um muro de silêncio há cerca de um ano", disse.

Os trabalhadores estão em greve até segunda-feira "não apenas para recuperar os seus rendimentos retirados de forma unilateral e injusta, mas também para protegerem os seus próprios postos de trabalho, os quais têm todas as razões para temerem que sejam extintos sem qualquer razão objetiva".

"Esta decisão resulta da reiterada e contínua ausência de resposta ao caderno reivindicativo elaborado pelos trabalhadores e enviado à empresa ainda em 2020, que continua a optar pela completa ausência de diálogo", salienta Nuno Cerqueira.

Do caderno reivindicativo, ressalta a exigência de que seja restituído o subsídio fixo de 200 euros para todos os trabalhadores, que "não deve estar sujeito a cortes senão na proporção a eventuais faltas dadas, na mesma medida em que sucede com o salário-base".

O subsídio "não deve impedir eventuais futuras atualizações do Salário Mínimo Nacional e não pode igualmente interferir com o pagamento de comissões ou prémios referentes ao cumprimento de objetivos".

Os trabalhadores reivindicam ainda igualdade no pagamento do subsídio de alimentação, que deve ser de 7,63 euros diários, bem como a efetivação de todos os trabalhadores ao fim de três anos de trabalho, com efeitos retroativos.

Defendem também o aumento do tempo de pausa para seis minutos por hora, a contabilização e pagamento do tempo trabalhado após o término do horário de trabalho mediante o estabelecido por lei e horários fixos, sem serem sujeitos a alterações.

Segundo o caderno reivindicativo, os trabalhadores devem ter o direito de escolher entre o pagamento do subsídio de alimentação em cartão de refeição ou em numerário, pago juntamente com vencimento mensal, e as fórmulas de cálculo dos prémios e comissões "dependentes de objetivos comerciais ou outros devem ser afixadas e do conhecimento de todos os trabalhadores".

O STCC defende que as fórmulas de cálculo dos prémios e comissões devem ser mantidas sem alterações por períodos mínimos de um ano e que os custos adicionais que resultam do regime de teletrabalho (despesas de energia, Internet e água) "devem ser consubstanciados através dum subsídio fixo, igual para todos os trabalhadores neste regime, independentemente da sua antiguidade".

A Randstad emprega atualmente 60 pessoas no 'call center' de Coimbra, tendo, segundo Nuno Cerqueira, despedido 14 trabalhadores desde dezembro, cuja reintegração é também exigida na greve que teve início hoje e se prolonga até segunda-feira.

Leia Também: Sindicato pede à Teleperformance para iniciar diálogo com trabalhadores

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório