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FMI concede empréstimo de emergência para travar crise no Sudão do Sul

O Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu um empréstimo de emergência de 174 milhões de dólares (148 milhões de euros) ao Sudão do Sul, para estabilizar a sua economia em queda, anunciou hoje o governador do banco central do país.

FMI concede empréstimo de emergência para travar crise no Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

18:16 - 01/04/21 por Lusa

Economia FMI

O Sudão do Sul esgotou as suas reservas cambiais no ano passado, após a queda nos preços do petróleo causada pela pandemia de covid-19, o que privou o Governo de receitas e provocou a desvalorização da sua moeda, a libra sul-sudanesa.

Inundações devastadoras pioraram a situação e amplificaram a crise humanitária no país mais jovem do mundo, que vive os seus piores níveis de fome desde que conquistou a independência, há 10 anos.

O empréstimo do FMI ajudará a corrigir distorções da taxa de câmbio e a pagar os salários dos funcionários públicos, disse o governador do banco central, Dier Tong Ngor.

"Concordamos com o FMI, que metade do montante será usado para apoio ao orçamento e para pagar salários em atraso e a outra metade permanecerá no banco central" para cobrir as necessidades urgentes do balanço de pagamentos, disse o governador, explicando que o empréstimo será pago sem juros, nas condições acertadas com o FMI.

Este é o segundo empréstimo do FMI desde que o Sudão do Sul se tornou independente do Sudão, em 2011.

Quando se separou do Sudão, após uma guerra civil de décadas, o país herdou mais de três quartos das reservas de petróleo sudanesas, mas os cinco anos de guerra civil que se seguiram, matando 380.000 pessoas, destruíram a sua economia, que ficou quase inteiramente dependente do petróleo.

A queda do preço do petróleo, consequência da pandemia de covid-19, esvaziou os cofres do Estado, liderado desde fevereiro de 2020 por um novo Governo de unidade nacional.

Em agosto, esse Governo anunciou que estava a ficar sem reservas em moeda estrangeira e que não poderia pagar os ordenados aos seus funcionários.

No mês seguinte, o Presidente, Salva Kiir, demitiu o ministro das Finanças, o chefe da administração tributária e o diretor da empresa estatal de petróleo.

Com a desvalorização, a libra do sul-sudanesa está a ser negociada a duas taxas diferentes, enquanto o banco central procura unificar a fórmula de câmbio oficial com a taxa de mercado.

A economia do Sudão do Sul deve contrair 4,2% no ano fiscal de 2020-2021, disse o FMI na terça-feira, prevendo uma recuperação modesta para o ano fiscal de 2021-2022, com a eventual recuperação dos preços do petróleo.

Leia Também: Covid-19: FMI defende investimento para redução de desigualdades

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