Portugal 2020 apoia projeto para interoperabilidade ferroviária
O projeto de interoperabilidade ferroviária da Nomad Tech e INOV-Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Inovação, que prevê um investimento de 1,1 milhões de euros até final de 2022, viu aprovado o financiamento ao abrigo do Portugal 2020.
© Twitter/AnthoGonzalez56
Economia Ferrovia
Em comunicado divulgado hoje, o consórcio promotor do projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico STM ('Specific Transmission Module') explica que esta solução tecnológica 'made in Portugal' permite a migração do atual sistema ATP ('Automatic Train Protection') utilizado no país - o Convel - para o novo 'standard' europeu de gestão de tráfego ferroviário ERTMS ('European Railway Traffic Management System').
"O sistema ERTMS, quando instalado em conjunto com o módulo STM no material circulante, irá permitir que este possa circular em vias equipadas com o sistema ATP atual (Convel)", sublinha, precisando que o projeto "visa o estudo e desenvolvimento de uma solução que garanta a interoperabilidade entre os diversos sistemas e gerações existentes, permitindo a integração progressiva com o ERTMS".
De acordo com os promotores, o apoio financeiro agora aprovado pelo programa Portugal 2020 "permitirá dar continuidade e assegurar a conclusão dos trabalhos já em curso pela Nomad Tech e INOV", prevendo-se que a nova solução chegue ao mercado no final de 2022.
Segundo os responsáveis pelo projeto, o sistema STM em desenvolvimento "constituirá um passo fundamental para solucionar o problema do obsoletismo dos atuais mecanismos de gestão de tráfego e contribuirá para a interoperabilidade ferroviária".
Os diversos operadores ferroviários nacionais e europeus são apontados como aqueles que "mais beneficiarão" da nova solução.
A grande diversidade de sistemas de controlo, comando e sinalização ferroviários atualmente existentes na Europa origina diversos constrangimentos ao nível da interoperabilidade em diversos corredores internacionais, tornando a circulação ferroviária entre diferentes países europeus mais complexa, demorada e, consequentemente, mais cara.
"Tendo em conta a realidade do sistema nacional e internacional, bem como o permanente crescimento estado de obsolescência dos equipamentos de controlo automático de velocidade, torna-se necessário apresentar uma solução inovadora no que diz respeito à migração para o sistema ERTMS, que promova a uniformização e interoperabilidade do setor ferroviário na Europa, contribuindo para a livre circulação de pessoas e mercadorias dentro da comunidade europeia", salientam os promotores do projeto.
O financiamento agora aprovado insere-se no sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), suportado pelos orçamentos do programa COMPETE - Programa Operacional Temático Competitividade e Internacionalização e Programas Operacionais Regionais, na sua componente FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do programa Portugal 2020.
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