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Lucro da Cofina cai 77,8% em 2020 para 1,6 milhões de euros

O lucro da Cofina caiu 77,8% no ano passado, face a 2019, para 1,6 milhões de euros, anunciou hoje a dona do Correio da Manhã, entre outros títulos.

Lucro da Cofina cai 77,8% em 2020 para 1,6 milhões de euros
Notícias ao Minuto

20:56 - 18/03/21 por Lusa

Economia Media

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Paulo Fernandes adianta que "o resultado líquido do exercício ascendeu a, aproximadamente 1,6 milhões de euros, um decréscimo de 77,8% face ao ano anterior".

Excluindo custos não recorrentes e as imparidades de 'goodwill', o resultado líquido seria de 5,5 milhões de euros, adianta a Cofina.

"Durante o período em análise foram registados um conjunto de custos não recorrentes, na sua maioria associados a custos de transação da operação de aquisição do capital social" da Media Capital pela Cofina, "os quais ascenderam a cerca de dois milhões de euros".

As imparidades de 'goodwill' [ativo intangível] do grupo ascenderam a 1,9 milhões de euros.

O ativo intangível surge muitas vezes da aquisição de uma empresa por outra, correspondendo à diferença entre o que uma paga para adquirir a outra e o valor patrimonial dessa mesma empresa (capital próprio).

As receitas totais da Cofina caíram 19% em termos homólogos, para 71,4 milhões de euros, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 40% para 10 milhões de euros.

"O EBITDA do grupo excluindo custos não recorrentes e imparidades de 'goodwill' foi de aproximadamente 13,9 milhões de euros (-17%)", acrescenta.

Os custos operacionais registaram uma queda de 14% para 61,4 milhões de euros negativos.

Desagregando as receitas, todas elas recuaram, com exceção da televisão, que registou um aumento de 5% para 15,5 milhões de euros.

As receitas de circulação caíram 21% (para 33 milhões de euros), as de publicidade 19% (para 22,2 milhões de euros) e as de imprensa caíram 24% para 55,9 milhões de euros.

Os resultados do segundo semestre do ano passado "ficaram marcados por uma diminuição da intensidade do impacto negativo da pandemia covid-19, a qual, no entanto, continuou a ter um impacto relevante nas receitas dos grupos de media, tendo-se assistido a quedas significativas em todas as rubricas que constituem as receitas".

Na segunda metade do ano, as receitas totais da Cofina ascenderam a 37,4 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 17,5% em relação ao período homólogo do ano anterior.

As receitas da CMTV no segundo semestre do ano passado subiram 11,3% para 8,5 milhões de euros, tendo as receitas de publicidade aumentado 39% para 4,4 milhões de euros.

Os custos operacionais da CMTV aumentaram, no semestre em análise, 4,9% para 5,5 milhões de euros negativos.

O EBITDA cresceu 25,8% para 2,9 milhões de euros.

No segmento imprensa, as receitas caíram 23,3% para 28,8 milhões de euros e a publicidade diminuiu 25,2% para 8,6 milhões de euros.

Os custos operacionais subiram 28,5% para 22,1 milhões de euros negativos e o EBITDA ficou estável (0,6%) nos 6,7 milhões de euros.

No final do ano passado, "a dívida líquida nominal1 da Cofina era de 40,1 milhões de euros o que corresponde a uma redução de aproximadamente 4,8 milhões de euros" face a igual período de 2019.

"Note-se que a dívida líquida nominal a 31 de dezembro de 2020 inclui o caucionamento de um montante de 10 milhões de euros no contexto do contrato de compra e venda celebrado em 20 de setembro de 2019 com a Promotora de Informaciones [Prisa] para a aquisição de 100% do capital social e direitos de voto da Vertix, SGPS e indiretamente de 94,69% do capital social e direitos de voto da grupo Media Capital, constituído em 2019", salienta.

No âmbito da desistência da compra da Media Capital em março do ano passado, a Cofina foi notificada em abril de requerimento de arbitragem apresentado pela Prisa (na altura dona da Media Capital) junto da da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), em que o grupo espanhol reclamava o direito de que lhe fosse entregue "pela 'escrow agent' (Banco BPI, S.A.) o montante de 10 milhões de euros ali depositado a título de 'down payment' [pagamento inicial]".

Os 10 milhões de euros encontram-se depositados na "'escrow account' no Banco BPI" e a Cofina "entende que os pedidos da Prisa carecem de qualquer fundamento", pelo que apresentou a sua resposta no âmbito do referido processo arbitral, adianta.

"É, por isso, entendimento do Conselho de Administração do Grupo Cofina, com base na informação disponível, atual e de conhecimento à data, suportado nos seus assessores legais, que o montante será devolvido ao grupo, motivo pelo qual não procedeu ao registo de qualquer provisão sobre o saldo apresentado no ativo", acrescenta.

O processo arbitral encontra-se a seguir os seus trâmites normais.

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