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Resultados foram "positivos" e com "imaculada entrega" da qualidade

O presidente executivo da NOS considerou hoje, em declarações à Lusa, "positivos" os resultados da operadora relativos a 2020 e destacou a "imaculada entrega" da qualidade dos serviços durante o ano passado, período marcado pela pandemia.

Resultados foram "positivos" e com "imaculada entrega" da qualidade
Notícias ao Minuto

15:46 - 11/03/21 por Lusa

Economia NOS

O lucro da NOS caiu 35,9% no ano passado, face a igual período de 2019, para 92 milhões de euros, enquanto no quarto trimestre o resultado líquido mais do que duplicou para 12,9 milhões de euros.

"Acho que [os resultados] foram positivos, independentemente do contexto", disse Miguel Almeida.

Do ponto de vista do desempenho operacional "foi mesmo excecional", porque num contexto "muito difícil de picos de tráfego fizemos uma entrega imaculada da qualidade das nossas redes e serviços aos nossos clientes", salientou o gestor.

"Foi um ano em que crescemos a nossa base de clientes mais do que nos anos anteriores" e isso "aplica-se aos vários segmentos e vários tipos de serviços", destacou o presidente executivo.

Em suma, "do ponto de vista comercial, estamos a falar de uma 'performance' bastante forte, do ponto de vista financeiro, é uma 'performance sólida, tendo em conta o contexto em vivemos, tendo em conta a flexibilidade e os benefícios que passámos para os nossos clientes", e os impactos nas receitas de 'roaming', mas com mais incidência no negócio dos cinemas.

"Estamos a falar de um negócio cujo o número de bilhetes vendidos no ano passado caiu 75%", isto porque não só os cinemas estiveram encerrados num período muito significativo, como quando reabriram tiveram restrições "muito fortes".

Face a este enquadramento, "estamos bastante satisfeitos" com o desempenho financeiro, nomeadamente no último trimestre do ano passado, em que "já voltámos ao crescimento no que diz respeito ao negócio de telecomunicações".

"Tivemos crescimento de receitas no último trimestre [as de telecomunicações subiram 1% para 350 milhões de euros], mas ainda assim os resultados do ano foram fortemente impactados pelo negócio dos cinemas e aí temos que reconhecer que nesse negócio o ano foi bastante dramático, tal como alguns outros setores da economia", salientou Miguel Almeida.

Relativamente ao investimento (385 milhões de euros), e apesar do "contexto difícil (...), aumentámos, no negócio de telecomunicações crescemos 6%", disse.

"Não parámos de investir pelos impactos da pandemia (...) investimos mais em 2020 do que em 2019, aproveitámos o momento para reforçar a aposta no futuro, em particular no 5G", sublinhou.

A NOS também "reforçou de forma significativa a solidez do seu balanço", nomeadamente com a redução da dívida (que já era baixa) em 27%, "na ordem de 1,5 vezes o EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações]".

Isto coloca a NOS "numa posição única para o investimento futuro no 5G, mais do que única, diria que neste momento somos os mais bem preparados para uma forte aposta no 5G dada a nossa solidez no balanço", apontou.

Sobre o investimento futuro, "ninguém melhor que a NOS está preparada para uma aposta na liderança do 5G, é essa a nossa ambição", rematou.

Questionado sobre o futuro do negócio dos cinemas, Miguel Almeida disse esperar a abertura em breve.

"Para já esperamos que rapidamente possam abrir, seria um bom sinal", considerou.

O negócio dos cinemas não foi alvo de 'lay-off' durante a pandemia, "mantemos as pessoas todas, suportámos os custos e não sobrecarregámos o Estado, apesar do Estado passar a vida a atacar-nos e a tentar destruir-nos", criticou.

Questionado sobre se considera haver condições para uma suavização do ambiente regulatório, que os operadores apelidam de hostil, Miguel Almeida afirma que "só pode".

Isto porque é "insustentável um país ter um setor cujo regulador tem como única missão destruí-lo, não é essa obviamente a missão do regulador, muito pelo contrário, é a oposta", ou seja, "criar as condições para o desenvolvimento e para a sua competividade", referiu.

As telecomunicações são um "dos poucos setores da economia portuguesa que compete com outros europeus, estamos na linha da frente a nível mundial, mas tivemos esta infelicidade de ter um regulador cuja única missão é destruir o setor", criticou.

"Isso é obviamente insustentável e intolerável e alguém tem de fazer alguma coisa", defendeu.

Questionado sobre se estava a lançar um repto, Miguel Almeida afirmou: "A não ser que o Estado, o país, a sociedade portuguesa queira destruir um setor tão crítico para a economia".

Salientou que quase todos os dias vê pessoas de diferentes áreas, "incluindo o Governo", a sublinhar a importância da transição digital e do 5G e, consequentemente, a importância do setor, ora isso "não é compatível com o permitir da destruição de um setor".

"Quanto à importância do setor na transformação da economia, no futuro e na competitividade" em Portugal, "ninguém tem dúvidas, também já ninguém tem dúvidas de que o regulador o único objetivo que tem é destruir o setor, agora só falta atuar", vincou.

Questionado sobre as falhas de cobertura no país, Miguel Almeida foi perentório: "Não há nenhum país do mundo que tenha cobertura integral de redes móveis".

Além disso, Portugal "está no segundo lugar europeu no que diz respeito à abrangência e cobertura das redes de nova geração fixas", pelo que "há muita demagogia" em torno deste tema.

"Não digo que não seja um desafio e não deva ser um objetivo nacional de fazer chegar os serviços de comunicações a todos os portugueses, mas recordo que este regulador disse -- e atuou em conformidade com isso -- que o serviço universal [de telecomunicações] não era preciso" e "aí começa o problema", concluiu.

Leia Também: Tráfego médio de dados fixos por acesso aumenta 55% em 2020

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