Portugal coloca 1.250 milhões em OT. Juros sobem no prazo mais longo

Portugal colocou hoje 1.250 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de sete e 10 anos, a juros negativos no prazo mais curto e a subirem para positivos no mais longo, foi hoje anunciado.

Crédito dos bancos a empresas e famílias cai quase 20 mil ME desde pedido de resgate

© Lusa

Lusa
10/03/2021 11:12 ‧ 10/03/2021 por Lusa

Economia

OT

Segundo a página do IGCP, que gere a dívida pública, na agência Bloomberg, foram colocados 625 milhões de euros em OT com maturidade em 18 de outubro de 2030 (cerca de 10 anos) à taxa de juro de 0,237%, superior à de -0,012% registada num leilão com prazo semelhante em 13 de janeiro.

A procura cifrou-se em 1.451 milhões de euros, 2,32 vezes o montante colocado.

Com maturidade em 15 de outubro de 2027 (cerca de seis anos e meio), Portugal colocou hoje 625 milhões de euros à taxa de juro de -0,086% e a procura atingiu 1.609 milhões de euros, 2,57 vezes o montante colocado.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou que realizava hoje dois leilões de OT com maturidade em 15 de outubro de 2027 (cerca de seis anos e meio) e em 18 de outubro de 2030 (cerca de nove anos e meio) com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

No anterior leilão de OT a cerca de 10 anos, em 13 de janeiro, foram colocados 500 milhões de euros à taxa de juro de -0,012% e a procura cifrou-se em 1.511 milhões de euros, 3,02 vezes o montante colocado.

Com o prazo mais similar ao das OT a cerca de seis anos e meio, Portugal colocou em 14 de outubro do ano passado 654 milhões de euros em OT a cerca de oito anos à taxa de juro de -0,085% e a procura atingiu 1.546 milhões de euros, 2,36 vezes o montante colocado.

"A subida das taxas da dívida soberana nacional não está associada a um risco específico de Portugal, mas sim a um movimento que estamos a assistir em toda a dívida soberana europeia", defendeu o diretor de Investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, exemplificando que "as taxas da dívida soberana alemã que em janeiro estavam nos -0,60% subiram atualmente para os -0,299%".

"Este movimento está diretamente associado a algum otimismo que os mercados estão a tentar antecipar, relativamente à abertura das economias e ao processo de vacinação que se encontra a decorrer", afirmou Filipe Silva, adiantando que "as expectativas face a um maior crescimento económico, inflação mais elevada e retorno a uma normalidade económica, acabaram por justificar esta subida das taxas".

Filipe Silva referiu ainda que, "no entanto, este movimento está a ser monitorizado pelos bancos centrais, uma vez que se o mesmo for muito acentuado poderá deitar por terra todas as expectativas criadas, tendo em conta o nível de endividamento dos países, empresas e particulares, que é elevado, e qualquer subida nas taxas acabará por se traduzir em custos mais elevados".

Leia Também: Juros da dívida sobem a dois, a cinco e a 10 anos

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas