Sindicato considera "insuficiente" proposta para trabalhadores da Carris
A administração da Carris admitiu um aumento salarial dos seus trabalhadores durante as negociações do Acordo de Empresa, avançou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), que considera uma atualização "insuficiente".
© Carris | Reprodução Facebook
Economia Carris
Em comunicado, o STRUP considera ser "possível e necessário avançar mais nos salários", depois de a administração da empresa ter admitido "passar de 10 para 15 euros o aumento do salário mensal".
"Uma atualização insuficiente, feita à custa de 'trocas e baldrocas' com a retirada de matérias, antes aceites pelo Conselho de Administração. Na prática, a proposta corresponde a 50 cêntimos diários. Ou seja, metade do aumento do salário mínimo nacional", pode ler-se no documento.
A última reunião entre as partes decorreu na quarta-feira, com o sindicato a lembrar que se trata de "muito pouco" para uma administração que diz ter "os trabalhadores no coração para trabalhar e depois os trata com os 'pés' quando chega a altura de os aumentar".
"Não reclamamos 'este e outro mundo', mas não aceitamos que a política salarial do Conselho de Administração empurre paulatinamente o nosso salário base para o salário mínimo nacional", referem, considerando "uma situação inadmissível, considerando as competências profissionais dos trabalhadores da Carris e o serviço publico que prestam".
O STRUP lembra ainda que a indignação dos trabalhadores da Carris obrigou a empresa "a passar de um aumento zero para os 15 euros".
"A reafirmação da nossa insatisfação será determinante para forçar a administração a assumir o aumento significativo dos nossos salários", refere a nota do sindicato, avançando ainda que a empresa se "comprometeu ainda a dar uma resposta sobre a hipótese da entrada simultânea do novo sistema de folgas rotativas em janeiro de 2023".
Além dos aumentos, em cima da mesa das negociações estão as 35 horas e o faseamento da redução da jornada diária para as sete horas, assim como da implementação do passe gratuito para toda a Área Metropolitana de Lisboa.
Está igualmente a ser negociada a atribuição do subsídio de pronto-socorro, o alargamento do horário para a atribuição do subsídio diário aos trabalhadores que não têm transportes e o pagamento em numerário da parte do subsídio de refeição, que não é sujeito a impostos, aos trabalhadores interessados.
O STRUP considera ainda que a empresa deve perspetivar a testagem regular e insistir, junto da Direção-Geral de Saúde para assegurar a vacinação dos trabalhadores contra a covid-19.
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