Lucro da Jerónimo Martins cai 19,9% em 2020 para 312 milhões
O lucro da Jerónimo Martins caiu 19,9% no ano passado, face a 2019, para 312 milhões de euros, anunciou hoje a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.
© shutterstock
Economia Jerónimo Martins
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo adianta que as vendas consolidadas cresceram 3,5% para 19.293 milhões de euros, com um LFL ('like-for-like', ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise) de 3,5%.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) desceu 1% no ano passado, face a 2019, para 1.423 milhões de euros.
A Jerónimo Martins está presente em três mercados: Portugal, Polónia e Colômbia.
Na Polónia, as vendas da Biedronka cresceram 6,7% (+10,4% em moeda local) para 13,5 mil milhões de euros, sendo que o crescimento LFL foi de 7,1%.
"A Biedronka procedeu, no ano, a 267 remodelações e abriu 129 lojas (113 adições líquidas), tendo acabado 2020 com uma rede de 3.115 localizações", refere o grupo, adiantando que a insígnia registou um EBITDA de 1.252 milhões de euros, 5,7% acima do ano anterior.
A cadeia de saúde e bem-estar polaca Hebe "sofreu um impacto relevante nas vendas decorrente dos efeitos das medidas restritivas que levaram ao encerramento, em parte de março e nos meses de abril e de novembro, dos centros comerciais, onde tem quase metade das suas lojas", adianta o grupo, salientando que "também a forte redução de atividades sociais impactou as vendas de produtos da área de cosmética".
A marca registou "rápidas melhorias de desempenho" sempre que as medidas de confinamento foram suavizadas e um "forte crescimento da sua operação 'online'", lançada em julho de 2019.
As vendas da Hebe caíram 5,4% para 245 milhões de euros, sendo que em moeda local a queda foi de 2,2% com um LFL de -10,3%, enquanto o EBITDA registou um decréscimo de 7,6% para 19 milhões de euros.
No ano passado, a Hebe abriu 22 novas lojas e fechou 28 estabelecimentos que operavam exclusivamente como farmácias, terminando 2020 com uma rede de 266 localizações.
Em Portugal, as vendas da cadeia de supermercados Pingo Doce "reduziram-se em 1,9% para 3,9 mil milhões de euros, incluindo um LFL, excluindo combustível, de -2,2%".
O Pingo Doce abriu 13 novas lojas, terminando o ano com uma rede de 453 localizações, e procedeu a 20 remodelações.
O EBITDA do Pingo Doce diminuiu 15,4% para 223 milhões de euros, enquanto a do grossista Recheio recuou 45,6% para 33 milhões de euros devido à queda de vendas.
O Recheio viu a sua "atividade muito afetada pela queda dramática registada no canal HoReCa [hotéis, Restaurantes e Cafés], que representava mais de 35% das suas vendas".
Neste contexto, as vendas caíram 15,9% para 847 milhões de euros, com o LFL a cifrar-se em -15,8%.
Na Colômbia, as vendas da Ara subiram 8,9% (24,4% em moeda local) para 854 milhões de euros, com um LFL de 10,2%.
Relativamente ao EBITDA, a Ara assistiu a "uma redução das perdas" de 28 milhões de euros negativos em 2019 para 20 milhões de euros negativos no ano passado, "beneficiando da desvalorização do peso colombiano e da redução de 18,9% das perdas em moeda local".
A cadeia de supermercados colombiana abriu no ano passado 56 novas lojas (47 adições líquidas), encerrando 2020 com 663 localizações.
O capex (investimento) foi de 470 milhões de euros em 2020, sendo que 64% foi absorvido pela Biedronka.
Leia Também: Jerónimo Martins Agro-Alimentar compra 66,7% da Mediterranean Aquafarm
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com