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Wall Street em forte baixa pelo nervosismo com o mercado obrigacionista

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em forte baixa, com os investidores cada vez mais nervosos com o ritmo de progressão as taças das obrigações do Tesouro a 10 anos, que atingiram um máximo dos últimos 12 meses.

Wall Street em forte baixa pelo nervosismo com o mercado obrigacionista
Notícias ao Minuto

23:30 - 25/02/21 por Lusa

Economia Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq desvalorizou 3,52%, para os 13.119,43 pontos, a sua pior sessão desde outubro.

Da mesma forma, o seletivo Dow Jones recuou 1,75%, para as 31.402,01 unidades, e o alargado S&P500 baixou 2,49%, para as 3.829,34.

"O movimento rápido dos rendimentos das obrigações parece perturbar os investidores, ao mesmo tempo que colocam pressão nos setores centrados no crescimento, em particular no das tecnologias de informação", sublinharam os analistas da Charles Schwab.

A taxa de juro das obrigações de dívida pública dos EUA a 10 anos atingiu hoje um pico de 1,61%, algo inédito desde fevereiro de 2020. Depois, desceu um pouco, mas continuava a evoluir em 1,50% no final do dia.

A mesma tendência foi apresentada pela obrigação a 30 anos, que se estabeleceu nos 2,28%.

Os rendimentos das obrigações evoluem em sentido inverso ao dos preços destas.

Uma subida das taxas é, portanto, sinónimo de um movimento importante de vendas de obrigações do Tesouro.

Os investidores também se separam das obrigações quando antecipam uma subida das taxas de juro de referência da Reserva Federal (Fed).

Se o presidente desta, Jerome Powell, voltou a repetir esta semana que não tem a intenção de mexer naquelas taxas, que se encontram no intervalo entre zero e 0,25%, numerosos atores do mercado estimam que o responsável poderia ser forçado a mudar de orientação em caso de sobrequecimento da economia.

Uma subida rápida dos preços, provocada por um forte crescimento, poderia com efeito levar a Fed a elevar as suas taxas de juro para jugular a inflação.

Diretamente afetados por uma eventual subida das achas de juro, suscetível de travar o seu crescimento e a sua capacidade de investir, os pilares norte-americanos da tecnologia sofreram hoje em Wall Street: Apple, Amazon, Alphabet e Facebook caíram todos mais de 3%.

Entre os outros valores do dia, a GameStop voltou a subir 19%, depois de ter visto a sua cotação mais do que duplicar na véspera.

A progressão do revendedor de videojogos esbateu-se no final da sessão, mas o grupo continua a beneficiar de uma subida das suas aquisições.

Em outros títulos, a Twitter valorizou 3,71%, depois de ter apresentado um objetivo de duplicar as suas receitas até ao final de 2023, quando tenciona alcançar 315 milhões de utilizadores ativos diários.

A Pfizer ganhou hoje 1,99%, depois de um estudo de grande amplitude, realizado em Israel, mostrar que a sua vacina era eficaz em 94% contra os casos sintomáticos do novo coronavirus.

A Moderna progrediu 2,48% depois de ter ultrapassado as expectativas sobre a sua faturação e previsto que a deste ano exceda os 18 mil milhões de dólares, graças às vendas da sua vacina contra o novo coronavirus.

Leia Também: Wall Street volta a focar a empresa pelas fortíssimas valorizações

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