PRR: Metas requerem esforço "coletivo" com parceiros
Os objetivos traçados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na área económica requerem um esforço "coletivo" entre o Estado e os agentes económicos, defende o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves.
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Considerando "absolutamente decisivo o trabalho que já estava a ser feito", João Neves, em declarações à agência Lusa, apontou à necessidade de um esforço "conjunto da sociedade para que a concretização dos objetivos traçados no plano possam ser alcançados".
Porém, considera que a crise provocada pela pandemia de covid-19 torna a articulação entre o Estado e os agentes económicos "ainda mais decisiva".
O secretário de Estado salienta que, após um último ano de preparação do plano com parceiros sociais, desde estruturas associativas empresariais, industriais e comerciais às do turismo, é tempo, agora, "de aprofundar" essa dimensão.
Ao mesmo tempo, refere que houve "troca de informações e ideias" com os Estados-membros da União Europeia (UE) mais próximos de Portugal, numa discussão "muito valorizadora das estratégias" de concretização do programa de recuperação.
"Julgo que a nossa proposta vai muito ao encontro das preocupações centrais que estão presentes no regulamento da UE", sublinhou o responsável, acrescentando que o Governo está confiante que o PRR português "esteja na primeira linha das aprovações".
Essa dimensão de urgência é "muito importante" não apenas para Portugal, mas para a Europa, porque vai "impulsionar a capacidade de a Europa voltar a crescer de uma forma significativa", justificou.
De acordo com João Neves, na área económica, o PRR visa responder a três desafios, nomeadamente a "transição digital", a "descarbonização da indústria" e as "agendas de reindustrialização".
O Governo prevê usar 558 milhões de euros do plano, em consulta pública até 01 de março, nas agendas e alianças mobilizadoras de reindustrialização, para "acelerar a transformação estrutural da economia portuguesa".
Já no caso das agendas e alianças verdes para a reindustrialização, estão previstos 372 milhões de euros, para "reforçar a importância do crescimento verde e da inovação em domínios relevantes para a aceleração da transição verde".
O PRR prevê ainda um investimento de 715 milhões de euros para a descarbonização da indústria, com vista à aposta em processos e tecnologias de baixo carbono.
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