Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
14º
MIN 11º MÁX 17º

AHP. Dormidas na hotelaria caem para "valores de 1984"

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) alertou hoje para a gravidade da situação que o setor atravessa, com as dormidas a recuarem em 2020 para valores de 1984, prevendo que 2021 não seja um ano melhor.

AHP. Dormidas na hotelaria caem para "valores de 1984"
Notícias ao Minuto

19:58 - 18/02/21 por Lusa

Economia Hotelaria

Segundo o presidente da AHP, Raul Martins, "2020 foi um péssimo ano" e os apoios foram insuficientes para fazer face às quebras registadas.

"Recuámos a valores de dormidas de não residentes de 1984! Mas 2021 não será melhor. A situação da Hotelaria é muito grave e os apoios insuficientes, é importante que se perceba isso. As empresas hoteleiras estão há um ano com quebras enormes", salientou numa nota à imprensa.

O presidente da AHP referiu que as empresas do setor já não conseguem pagar "os ordenados, os fornecedores e os impostos" e lembrou que estas empregam cerca de 90 mil trabalhadores, o que corresponde a 30% de todos os profissionais do setor do alojamento e restauração.

A AHP já solicitou ao Governo a criação de uma linha específica de apoio para a hotelaria, medidas financeiras e fiscais exclusivamente dirigidas às empresas hoteleiras e a isenção da TSU, aguardando a prorrogação urgente da moratória dos reembolsos de capital e juros das linhas de financiamento "COVID-19" e dos demais créditos bancários.

A nota de imprensa da Associação foi emitida a propósito da divulgação, na segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dos dados provisórios sobre os resultados de 2020 da atividade turística, que confirmaram as previsões da AHP.

Em março de 2020, a AHP tinha projetado uma perda de 7,3 milhões de dormidas e 800 milhões de euros, até junho.

Segundo a nota de imprensa, no final do ano passado o cenário apontado, tendo como base os resultados de 2019, "era ainda mais catastrófico: quebra de 70% nas dormidas (menos 40 milhões de noites) e de 80% nas receitas, alojamento e outras, o que equivale a menos 3,6 mil milhões de euros".

"Os resultados que o INE divulgou mostram ainda que, em 2020, entre as várias formas de alojamento, a Hotelaria e os Hostels se destacaram dos demais pelas ainda mais brutais quebras, com reduções de 64,5%, e 66,4%, respetivamente, muito superiores às registadas pelo alojamento local e pelo turismo no espaço rural e de habitação", referem.

A associação considerou igualmente grave a quebra registada nos diversos destinos.

"Como a AHP também já tinha previsto, as maiores quebras são e serão nos destinos urbanos e o especial impacto no principal destino religioso. Mais uma vez os números do INE revelam que Lisboa teve uma quebra de 76%; o Porto de 72% e Fátima ainda sofreu uma maior hecatombe, com uma redução de 78% nas dormidas, que se deveu principalmente ao colapso das dormidas de não residentes: menos 88%", conclui o comunicado.

Leia Também: AHRESP apela a pagamento de apoios à retoma relativos a 2020

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório