Apoios não chegam? "Quando confinamento acabar as empresas estão mortas"
O presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas considera que não basta que sejam anunciados apoios, é preciso que os mesmos cheguem às empresas.
© REUTERS/Rafael Marchante
Economia Empresas
O presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), Jorge Pisco, disse, em entrevista à Renascença, que a situação dos empresários em Portugal é "dramática" e acredita que mais de 20% dos empresários já não estão a pagar salários, apontando dificuldades no acesso e no atraso dos apoios do Estado.
"Com esta situação de dificuldade de acesso aos apoios, com os atrasos dos apoios - a não serem alterados os critérios e a forma dos apoios chegarem e da aplicação dos mesmos - quando o confinamento acabar as empresas estão moribundas. Não encerram, estão mortas", referiu Jorge Pisco.
O presidente da CPPME considera que não basta que sejam anunciados apoios, é preciso que os mesmos cheguem às empresas.
"Não basta o ministro das Finanças ir ao Parlamento anunciar que é necessário apoiar a economia. O que se tem vindo a verificar é que o ministério da Economia anuncia medidas, depois o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social regulamenta os apoios, e no fim o ministro das Finanças fecha a torneira", adiantou.
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