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Melhor verão este ano na UE não permite recuperação total do turismo

A Comissão Europeia espera que o verão de 2021 seja melhor para o turismo europeu do que 2020, mas não prevê uma recuperação total do setor para níveis pré-pandemia este ano, após Portugal ser dos mais impactados.

Melhor verão este ano na UE não permite recuperação total do turismo
Notícias ao Minuto

11:44 - 11/02/21 por Lusa

Economia Turismo

"Pelo lado positivo, a forte procura reprimida, bem como as elevadas poupanças são suscetíveis de conduzir a uma estação de verão mais forte do que em 2020", estima o executivo comunitário, nas previsões macroeconómicas intercalares de inverno para este ano, hoje divulgadas.

Ainda assim, "dada a incerteza do planeamento e o possível desejo de evitar multidões, [...] isto irá provavelmente resultar em mais viagens espontâneas no país de origem ou para destinos alcançáveis por carro", acrescenta o executivo comunitário, prevendo uma "recuperação relativamente mais vigorosa" no turismo costeiro e rural.

Porém, "não se espera que os fluxos turísticos no seu conjunto recuperem totalmente até aos seus níveis pré-crise em 2021", aponta a Comissão Europeia.

Certo é que, segundo a instituição, a pandemia de covid-19 "vai continuar a moldar as perspetivas do setor para este ano, tanto diretamente através das restrições governamentais às viagens não essenciais, como indiretamente porque os turistas potenciais querem limitar os riscos sanitários até ser alcançada a imunidade de grupo" através da vacinação.

No documento, o executivo comunitário reforça que a "incerteza de planeamento pode também ter um grande impacto em 2021, especialmente para áreas normalmente alcançadas por transporte aéreo".

"Espera-se que as viagens extracomunitárias demorem mais tempo a recuperar e, como consequência, as viagens pela cidade terão um impacto adicional", adianta a instituição.

No que toca às receitas turísticas, "continuarão a ser afetadas" este ano porque são esses mesmos turistas estrangeiros que costumam "gastar mais por dia", diz ainda.

De acordo com dados apresentados pela instituição nas previsões, Portugal foi o sexto país da UE com maior queda no total de noites passadas nos alojamentos turísticos em 2020 face ao ano anterior, que ascendeu a -61% (total de 30 milhões) em termos totais e a -74% (total de 14 milhões) no caso de não residentes.

Pior que Portugal só Grécia, Malta, Irlanda, Espanha e Chipre.

Relativamente ao desempenho turístico regional entre janeiro e dezembro de 2020, a região de Lisboa foi a mais afetada do país pela pandemia, com um recuo acima dos 70%.

Hoje em conferência de imprensa em Bruxelas, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, atribuiu a revisão em baixa da recuperação económica em Portugal este ano sobretudo à dependência do país relativamente ao turismo externo, fortemente afetado pela pandemia da covid-19.

Quando questionado sobre uma subida do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal de 4,1% em 2021, quando em novembro antecipava 5,4%, o responsável notou que as previsões são menos otimistas para "a maioria dos Estados-membros", mas admitiu que Portugal é particularmente afetado pela persistência da pandemia.

"Portugal é substancialmente afetado por um dos setores em maiores dificuldades, que é não só o turismo em geral, mas em particular o turismo externo. E o turismo externo por si só representa 8% do PIB em Portugal, pelo que é fácil imaginar o quanto é afetado pela pandemia", observou o comissário italiano.

Paolo Gentiloni disse, todavia, acreditar que, tal como projetado para a generalidade da economia europeia, um forte desempenho da economia portuguesa "no segundo semestre deste ano e, sobretudo, no próximo ano", fruto de uma campanha bem sucedida de vacinação contra a covid-19 e consequentemente alívio das medidas restritivas, permitirá melhorar as projeções macroeconómicas.

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