Sindicato acusa Santander de colocar em causa direitos dos trabalhadores
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) pediu ao Santander que "cesse de imediato" o que diz serem "condutas que colocam em causa os direitos dos trabalhadores", enquanto o banco recusa qualquer tipo de assédio.
© Reuters
Economia Santander
A estrutura sindical realizou esta segunda-feira um plenário 'online' "relativo ao processo de reestruturação em curso no banco Santander e que afeta centenas de trabalhadores desta entidade bancária", tendo informado os seus sócios que interpelou a instituição financeira, com o objetivo de "que cesse de imediato um conjunto de condutas que colocam em causa os direitos dos trabalhadores", segundo um comunicado.
O sindicato aponta práticas de "retirada, alteração ou não atribuição de funções a trabalhadores para apresentação de proposta de RMA [rescisão por mútuo acordo]" bem como de "insistência nas propostas de RMA aos trabalhadores que as recusaram".
O SNQTB deu ainda conta da existência de "meras instruções verbais para os trabalhadores deixarem de se apresentar no local de trabalho" e da "colocação de trabalhadores em regime de teletrabalho mesmo quando anteriormente o banco considerou que essas funções tinham de ser exercidas no local de trabalho".
A estrutura fala também do "incumprimento do aviso prévio de 30 dias quanto à transferência de local de trabalho ou omissão de indicação do local onde os trabalhadores devem apresentar-se no caso de encerramento de balcões".
Na mesma nota, o SNQTB recordou que em conjunto com outros sindicatos "tem repetidamente solicitado ao banco Santander informação sobre a natureza, propósito, objetivos, metas e calendários do processo de reestruturação em curso".
Paulo Gonçalves Marcos, presidente do sindicato realça que esta é "uma pretensão legítima, mas à qual o banco não tem respondido", referindo ainda que o "Santander também não respondeu ao pedido dos sindicatos para que suspendesse o processo de reestruturação durante a pandemia e o estado de emergência".
Fonte do Santander, questionada pela Lusa, recusou as acusações do sindicato, dizendo que a posição da estrutura "não tem nada de novo".
"Não há nenhuma alteração à política do banco no sentido de privilegiar que as saídas sejam feitas de comum acordo", disse a mesma fonte. "Rejeitamos que haja assédio ou aceleração do processo", referiu, garantindo que o banco oferece "condições ímpares no mercado" nestas negociações, assegurando uma "rede de acompanhamento futuro no banco que inclui, entre outras coisas, assessoria à sua colocação profissional, apoio social, garantias de saúde" entre outras condições.
O Santander lamenta ainda que "alguns sindicatos não contribuam para o esclarecimento" da sua atuação.
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