Orçamento Participativo Portugal deverá funcionar com novo modelo
A ministra da Modernização do Estado afirmou hoje que o Orçamento Participativo Portugal (OPP) de 2018 está com uma taxa de execução de 75% e que, caso exista uma nova edição, o programa funcionará com outro modelo.
© GlobalImagens/Paulo Spranger
Economia Alexandra Leitão
Alexandra Leitão respondia numa audição, no parlamento, a questões do PAN acerca de atrasos na execução de projetos aprovados no OPP relativo a 2018.
Segundo a ministra, o atual modelo de OPP tem "dificuldades de conceção e de modelo que explicam a situação da sua menor taxa de execução" e que passam por os projetos serem "alocados a serviços da administração pública, sem que estes tenham tido uma intervenção na triagem desses projetos e que, portanto, depois não os sentem como seus".
"Aquilo que nos parece importante remediar, na eventualidade de vir a haver de novo uma nova edição, é que este modelo seja diferente, como havendo desde logo um envolvimento das autarquias locais nestes projetos do OPP e também, quando sejam serviços a executar, que os serviços sejam chamados também a analisar os projetos numa fase anterior e depois [que] a execução destes projetos seja incluída nos seus instrumentos de gestão,por formaque seja assumido como seu", afirmou.
Em relação ao OPP de 2018, segundo a ministra, tem atualmente uma taxa de cumprimento superior a 75% e nem "um único projeto ficará por cumprir".
"Não pode ficar um único projeto por cumprir. A verdade é que também acho importante que salientemos aquilo que é o copo mais do que meio cheio, mais de 75%. [...] Em 55 projetos, só 14 não tiveram cumprimento, o que significa uma taxa de cumprimento superior a 75%", sublinhou.
Na sequência da questão do Partido Pessoas -Animais -- Natureza sobre projetos do OPP de 2018 em atraso, Alexandra Leitão particularizou que o projeto do Parque Astronómico do Alentejo "está na verdade mais do que parcialmente executado" e que o Governo está "a envidar esforços para perceber exatamente qual é o momento em que está" um outro projeto relacionado com a Justiça.
Relativamente à campanha de sensibilização "Portugal Sem Touradas", a ministra afirmou que, "provavelmente, a solução está encontrada" e passa pela "figura do Provedor do Animal que o Governo irá aprovar".
"Houve de facto um atraso na execução motivado por um conjunto de circunstâncias que tem também muito a ver com este modelo, nos termos em que já descrevi, mas que agora é obviamente para cumprir e nos parece que a via futura do provedor animal é uma via muito promissora", concluiu.
O OPP, um processo que permite aos cidadãos apresentarem propostas de investimento e escolher através do voto quais os projetos que querem ver executados em diferentes áreas de governação, teve em 2018 um orçamento disponível de cinco milhões de euros.
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