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Inflação e metical fazem Moçambique subir juros pela 1.ª vez desde 2017

A consultora NKC African Economics considerou hoje que Moçambique subiu as taxas de juro pela primeira vez desde 2017, e foi o primeiro país este ano, para conter a inflação e sustentar a depreciação do metical.

Inflação e metical fazem Moçambique subir juros pela 1.ª vez desde 2017
Notícias ao Minuto

11:53 - 01/02/21 por Lusa

Economia Covid-19

"Moçambique foi o primeiro país no mundo a subir as taxas de juro este ano, e foi também a primeira vez que a Mimo foi aumentada desde que foi introduzida, em 2017", dizem os analistas num comentário à subida da taxa de referência em 300 pontos base, de 10,25% pra 13,25%, na semana passada.

No documento enviado aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, os analistas argumentam que "as taxas de juros reais têm continuado muito elevadas, o que normalmente encorajaria as autoridades monetárias a baixar as taxas de juro quando a economia está debilitada, mas o banco está preocupado com o risco de subida da inflação e com a depreciação do metical".

Para a NKC, "é improvável que os riscos de aumento da inflação se reduzam antes do final do ano, por isso a previsão é que o banco central não corte as taxas no futuro previsível", o que pressupõe a manutenção da taxa MIMO em 13,25%, pelo menos, durante 2021.

No ano passado, o metical desvalorizou-se em 17%, tendo batido um novo recorde mínimo em meados de janeiro, quando transacionou a 75 meticais por dólar.

Na quarta-feira, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu aumentar a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 300 pontos base, para 13,25%, argumentando com uma "substancial revisão em alta das perspetivas de inflação para o médio prazo" que refletem "a contínua depreciação do metical, num ambiente de maior agravamento dos riscos e incertezas".

Entre as incertezas apontadas pelo banco central destacam-se "as consequências negativas da propagação acelerada da covid-19 e a ocorrência de calamidades naturais, para além da instabilidade militar" no centro e norte do país.

O BM faz ainda um alerta: "perspetiva-se uma recuperação mais baixa da atividade económica em 2021", ao mesmo tempo que "a pressão sobre as finanças públicas tende a aumentar e o mercado cambial regista pressão na procura de moeda estrangeira".

A inflação anual aumentou pelo quarto mês consecutivo, "passando de 2,98% em setembro para 3,52% em dezembro de 2020", sendo que "a inflação subjacente, que exclui os preços dos bens e serviços administrados e das frutas e vegetais, aumentou, no mesmo período, de 2,92% para 5,10%, com perspetivas de agravamento nos próximos trimestres".  

O Banco de Moçambique antecipa ainda "o fim da vigência de parte das medidas de contenção de preços decretadas pelo Governo, no âmbito da covid-19 e dos choques climáticos". 

A próxima reunião ordinária do CPMO está agendada para o dia 17 de março.

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