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Total instala operações 'offshore' do gás de Moçambique em Cabo Delgado

A Total vai instalar em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, a base de operações 'offshore' (operações no mar) do megaprojeto de gás do norte de Moçambique, disse hoje a empresa em resposta a questões colocadas pela Lusa.

Total instala operações 'offshore' do gás de Moçambique em Cabo Delgado
Notícias ao Minuto

15:00 - 28/01/21 por Lusa

Economia Total

A petrolífera francesa que lidera o consórcio da Área 1 - Mozambique LNG "irá desenvolver as suas operações 'offshore' em Pemba".

"A Technip FMC - a principal contratada 'offshore' do projeto - partilhará as instalações da base logística da Total e do porto dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM)", anunciou.

Além de Pemba, o projeto Mozambique LNG "está a analisar opções para realizar algumas operações de apoio 'offshore' na região para otimizar parte de sua cadeia logística e de planificação, incluindo em Mayotte, através da utilização das infraestruturas existentes".

Mayotte é um arquipélago francês do oceano Índico situado no norte do canal de Moçambique, a cerca de 500 quilómetros da costa de Cabo Delgado.

O megaprojeto da Área 1 vai ter operações em mar alto, uma vez que os 18 furos de onde vai ser extraído o gás natural estão localizados no fundo do oceano, bem como as válvulas e tubagens pressurizadas que o vão conduzir por cerca de 40 quilómetros até à fábrica de liquefação na península de Afungi.

A Technip FMC lidera o consórcio do projeto de engenharia, aquisições, produção e instalação das componentes a instalar no mar.

A Total reafirmou em declarações à Lusa o compromisso do projeto Mozambique LNG de "concretização dos seus objetivos de conteúdo local", nomeadamente o "ambicioso plano" de adjudicar "2,5 mil milhões de dólares [cerca de dois mil milhões de euros] em contratos com empresas detidas por moçambicanos ou registadas em Moçambique".

Ao mesmo tempo, a energética francesa referiu que as empresas a contratar também "têm um papel fundamental neste processo".

"O nosso foco é garantir que cumpram com todas as obrigações legais e contratuais e tomem medidas adequadas para apoiar e desenvolver empresas e força de trabalho locais", mantendo o avanço do projeto "de acordo com o cronograma e o orçamento", apontou.

Avaliado em cerca de 20 mil milhões de euros, o megaprojeto de extração de gás da Total é o maior investimento privado em curso em África, suportado por diversas instituições financeiras internacionais e prevê a construção de unidades industriais e uma nova cidade entre Palma e a península de Afungi, em Cabo Delgado.

A primeira exportação de gás liquefeito está prevista para 2024.

A Total mantém a data apesar dos problemas de insegurança na região e que levaram a empresa a reduzir o pessoal no recinto de construção do empreendimento, numa desmobilização em curso desde há um mês.

No final de dezembro, rebeldes que há três anos aterrorizam a província de Cabo Delgado atacaram locais a cinco quilómetros do projeto.

Algumas das incursões de insurgentes passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.

Leia Também: Madeira tem "disponibilidade total" para receber doentes do continente

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