Abolicionista Harriet Tubman vai figurar nas notas de 20 dólares dos EUA

A Casa Branca anunciou hoje que vai ser relançado o projeto emblemático de colocar o rosto da militante antiesclavagista negra Harriet Tubman nas notas de 20 dólares, que tinha sido abandonado por Donald Trump.

Abolicionista negra Harriet Tubman vai figurar nas notas de 20 dólares dos EUA

© Lusa

Rui Nunes
25/01/2021 22:21 ‧ 25/01/2021 por Rui Nunes

Economia

EUA

"O Departamento do Tesouro vai tomar medidas para relançar os esforços para colocar Harriet Tubman nas novas notas de 20 dólares", indicou a porta-voz da Presidência, Jen Psaki.

"É importante que as nossas notas, o nosso dinheiro (...), reflita a história e a diversidade do nosso país e a imagem de Harriet Tubman na nova nota de 20 dólares reflete-as de maneira evidente", disse.

Esta ativista vai ser a primeira personalidade afro-americana a figurar numa nota de banco nos EUA.

Este projeto, iniciado em 2016 pelo então presidente Barack Obama, é agora relançado quando os EUA estão a ser atravessados por um movimento que denuncia o racismo e a violência política contra as minorias de cor.

Harriet Tubman (1822-1913) fugiu da escravatura e ajudou dezenas de escravos a passar para o norte dos EUA e Canadá, antes e durante a Guerra da Secessão, antes de participar na luta pela atribuição do direito de voto às mulheres.

O seu combate, no seio da rede secreta de evasão 'Underground railroad' baseou uma longa-metragem em 2019.

Deveria ter substituído, a partir de 2020, o presidente populista Andrew Jackson (1767-1845), personagem controversa admirada por Trump.

Mas o antigo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciou em 2019 o adiamento do projeto pelo menos até 2028, alegando "questões de segurança" relativas a uma das notas mais usadas no país.

Durante a campanha eleitoral de 2016 para as presidenciais, Trump tinha qualificado a escolha de Harriet Tubman como "puro politicamente correto" e sugerido que o rosto ficava melhor na nota de dois dólares, que já não é impressa.

Andrew Jackson, que ocupou a Casa Branca entre 1829 e 1837, foi considerado o primeiro presidente "populista" por Trump, que tinha instalado a sua fotografia no Gabinete Oval.

Este general ficou conhecido pela sua vitória histórica sobre os ingleses em Nova Orleães, em 1815. Mas também está associado à deportação massiva das tribos índias para o Oeste, o designado 'Trilho das Lágrimas', que provocou milhares de mortos.

Leia Também: EUA repõe restrições a viagens a partir de espaço Schengen

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