Wall Street fecha semana com recorde do Nasdaq
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção, mas com um novo recorde do índice tecnológico Nasdaq, no final de uma semana marcada por notícias positivas sobre as grandes tecnológicas e expectativa quanto à sua apresentação de bons resultados.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,57%, para 30.996,98 pontos, arrastado por títulos como da International Business Machines (-9,91%), Intel (-9,29%) e United Health Group, que perdeu 2,01%.
O alargado S&500 também não conseguiu fechar em terreno positivo, depois do recorde da véspera, e desceu 0,30%, para as 3.841,47 unidades.
Já ao Nasdaq bastou uma valorização de 0,09%, para ficar mais um máximo inédito, desta vez nos 13.543,06 pontos.
Apesar da sessão sem sinal definido do dia de hoje, no conjunto da semana a praça nova-iorquina foi sustentada, em parte, pelas previsões de bons resultados trimestrais dos conglomerados tecnológicos, o que levou o Nasdaq a uma apreciação semanal de 4,2%, mais do dobro da do S&P500, que foi 1,9%, e bem acima dos 0,6% do Dow Jones.
Entre estes conglomerados estão a Apple, que terminou o dia a avançar 1,6% e a semana 9,4%, enquanto o Facebook e a Microsoft viram as suas cotações subirem respetivamente 9,2% e 6,3% nesta semana, que começou na terça-feira, uma vez que segunda foi dia feriado para honrar a memória de Martin Luther King.
"Ao contrário do que se passou no início do mês, esta semana esteve marcada pelos ganhos do setor tecnológico", salientou o diretor de investimentos da UBS, Mark Haefele, em documento de análise.
Mas os investidores também foram influenciados pelo plano de estímulo à economia, apresentado pelo presidente Joe Biden, e pelo seu ambicioso plano de luta contra a pandemia.
Patrick O'Hare, da Briefing, explicitou que "os investidores estão entusiasmados e com o sentimento de que a situação vai melhorar", tanto no plano económico, como no sanitário.
Os meios financeiros estão entusiasmados com a ideia dos estímulos orçamentais prometidos pela Casa Branca, que devem permitir relançar o consumo e estimular o investimento.
Mas os motivos de inquietação persistem, desde logo as novas restrições nos países europeus, para responderem à pandemia, em particular à variante britânica do novo coronavirus.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje que esta variante, mais contagiosa, parecia também estar associada a uma maior mortalidade.
Os investidores também se questionam sobre uma eventual sobreavaliação do mercado bolsista, que avança mais depressa do que os lucros das empresas, o que deixa antecipar uma correção em baixa.
Mas, salientou O'Hare, "apesar de todos os rumores sobre o facto de o mercado estar em vias de recuar, o certo é que isso não acontece".
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