Brasil mantém taxa básica de juros no mínimo histórico de 2% ao ano

O Banco Central do Brasil manteve a taxa básica de juros na quarta-feira no mínimo histórico de 2,0% ao ano, num momento em que a covid-19 volta a atingir fortemente a maior economia da América do Sul.

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© Fabio Teixeira/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
21/01/2021 10:44 ‧ 21/01/2021 por Lusa

Economia

Covid-19

Na primeira reunião de 2021, o Comité de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter as taxas de 2,0%, que fixou em agosto passado, decisão que se enquadra no que era esperado pelo mercado financeiro.

Em comunicado, a autoridade monetária destacou que a incerteza sobre o ritmo de crescimento do Brasil "continua acima do normal", apesar de os indicadores referentes ao final do ano passado "terem surpreendido positivamente".

"O Comité entende que esta decisão reflete o seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que o usual para a inflação", assinalou a entidade.

O Copom considerou ainda que a retomada vivida a partir do terceiro trimestre de 2020 no Brasil não "contempla os possíveis efeitos do recente aumento do número de casos de covid-19" no país, um dos mais atingidos pela pandemia no mundo.

A incerteza económica, acrescentou a entidade, vai continuar especialmente nos primeiros três meses do ano, devido à previsível cessação dos auxílios de emergência concedidos pelo Governo à população mais vulnerável e a alguns setores económicos para mitigar os efeitos da pandemia.

O Copom admitiu também que a recente subida dos preços das matérias-primas internacionais e os seus reflexos nos preços de alimentos e combustíveis também levaram a um aumento nas projeções de inflação.

O Brasil encerrou 2020 com inflação de 4,52%, a maior desde 2016 e acima do centro da meta de 4,0% estabelecida pelo Governo para o ano, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais, impulsionada pelo aumento do preço dos alimentos.

Embora reconhecendo a "pressão inflacionária de curto prazo", o Banco Central manteve o diagnóstico de que se trata de um fenómeno "temporário", ainda que tenha admitido que tem sido "mais persistente do que o esperado".

"O Copom continua a monitorizar atentamente a sua evolução", frisou.

Para este ano, a entidade projeta uma inflação em torno de 3,6%, enquanto prevê cerca de 3,4% para 2022.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (212.831, em mais de 8,6 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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