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Associação de Comerciantes do Porto pede apoios já em janeiro

O presidente da Associação de Comerciantes do Porto pediu hoje ao Governo os apoios ao comércio local cheguem de forma urgente em janeiro, sob o risco de as lojas não resistirem ao segundo confinamento.

Associação de Comerciantes do Porto pede apoios já em janeiro
Notícias ao Minuto

13:46 - 15/01/21 por Lusa

Economia Covid-19

"Tem de chegar em janeiro. Nem pode chegar depois disso porque, se chegar depois, estamos a correr o risco de os estabelecimentos não se conseguirem aguentar e não conseguirem subsistir", alertou Joel Azevedo, presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), em entrevista telefónica à agência Lusa.

A maioria das lojas de comércio local da Baixa do Porto estava hoje encerrada, com mensagens e comunicados afixados nas vitrinas e portas, devido ao confinamento geral que começou às 00:00 de hoje.

"Loja encerrada temporariamente, no seguimento das ordens emanadas das autoridades portuguesas, no âmbito do combate à pandemia covid-19. Por si, por nós. Fiquem bem. Voltaremos muito em breve. Janeiro 2021", podia ler-se à porta da loja de vestuário Bruxelas.

"Arriverdeci e Gazie", na vitrina da geladaria Amorino, era outra das frases que se liam esta manhã na Rua de Santa Catarina, no centro do Porto.

Para fazer face ao encerramento das lojas e porque as rendas, e muitos dos custos, continuam a ter se ser pagos, Joel Azevedo reitera que as ajudas governamentais têm de chegar o "mais urgente possível", para que a maioria do comércio local portuense possa resistir.

"Esperemos que consigam resistir o maior número de lojas possível. É essa a nossa expectativa e é essa a confiança que os comerciantes nos têm passado", disse.

Segundo o presidente da Associação de Comerciantes do Porto, o início de 2021 "é um início de ano negro", que vem, por seu turno, de um ano 2020 "muito negro".

"Quando começa o ano logo com um confinamento que obriga a fechar uma grande parte dos estabelecimentos, excluindo aqueles que são bens essenciais, obviamente que nos coloca numa situação muito difícil, porque não há atividade comercial sem pessoas e sem as portas abertas".

Além de um início de ano negro para o comércio local, que vem de um período natalício com "quebras estimadas entre 30% a 60% em relação a anos anteriores do período homólogo, o presidente da ACP refere ainda que esta "época de saldos morreu", porque com as lojas encerradas não se conseguem escoar os 'stocks'.

"Esta é uma altura muito importante, porque não é só expedir o 'stock' que se tem, mas já se estão a preparar as próximas estações [do ano], fazendo as encomendas e preparando o ano. Se não chegarem os apoios, provavelmente os empresários vão-se contrair nessa preparação do ano e é uma cadeia de valor que fica posta em causa", reitera Joel Azevedo, relembrando que há muitas pessoas que de forma indireta dependem do comércio local, como por exemplo as famílias dos lojistas e os fornecedores.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: ANJE quer acesso "mais célere e descomplicado" a novos apoios à economia

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