Na Europa, os veículos matriculados diminuíram em 29,7% no ano passado, para 2.123.493 veículos, face ao ano anterior, revelando quedas significativas que afetaram todas as suas marcas, em particular o Opel Vauxhall (-38,3%, para 577.518 unidades), lê-se no comunicado da PSA.
As quedas no 'Velho Continente' foram de 24,2% para a Peugeot (907.048 unidades), 27,9% para a Citroen (599.446 unidades) e 29,3% para a DS (39.481 veículos).
Além da situação verificada no mercado europeu, a PSA indicou que as vendas apresentaram um bom desempenho na China.
A PSA referiu ainda que, após um primeiro semestre muito negativo devido aos confinamentos vividos na maioria dos países europeus, as suas vendas cresceram mais de 40% no segundo semestre do ano passado, quando comparadas com as registadas nos primeiros seis meses do ano fiscal.
Quanto à China, as vendas recuaram 57,7% no primeiro semestre do ano, para 45.965 veículos, sendo que a situação melhorou no último semestre, com os crescimentos registados todos os meses a partir de setembro, o que permitiu à PSA atingir o nível de dezembro de 2019.
Na América Latina, outra região geográfica que, como a Europa, foi bastante afetada pela pandemia, o fabricante vendeu 95.357 unidades no ano passado, menos 29,7% em termos homólogos.
No entanto, a PSA assinalou que, apesar de tudo, a sua quota de mercado na América Latina no quarto trimestre do ano passado aumentou duas décimas, para 2,5%, face a igual trimestre do ano anterior.
Na região da Ásia-Pacífico e Índia, as vendas da PSA caíram 6,6%, para 32.752 unidades, lê-se no comunicado.
A contrariar a tendência negativa das vendas, destacou-se a Eurásia, com um aumento de 13,7%, para 17.789 veículos, o Médio Oriente e a África com uma subida de 20%, para 197.119 unidades comercializadas.
A PSA assinalou ainda que reforçou no ano passado a sua presença industrial ao duplicar a capacidade de produção da sua fábrica em Kenitra, Marrocos, e com a montagem do Citroen Ami.
O grupo francês vai formalizar no sábado a fusão com o fabricante ítalo-americano Fiat-Chrysler criando assim a Stellantis, o que ocorre depois de as assembleias de acionistas das empresas terem votado favoravelmente a operação, com mais de 99% dos votos.
As duas empresas complementam-se em termos geográficos ao nível dos mercados da Europa e norte-americano, mas o grande desafio é o mercado asiático, principalmente a China, sendo que a Stellantis será uma empresa de direito holandês.
O grupo francês fez ainda questão em realçar no comunicado que todas as suas marcas possuem nas suas gamas versões de veículos 'plug-in' ou híbridos elétricos, num total 17, e que este ano esse número vai aumentar para 23.