Perspetivas para bancos europeus continuam desafiantes em 2021
A agência de 'rating' canadiana DBRS considerou hoje que as perspetivas para os bancos europeus continuam a ser desafiantes em 2021, defendendo que a pressão sobre as receitas que os bancos enfrentaram em 2020 se vai manter em 2021.
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Economia DBRS
Num relatório hoje divulgado, a agência canadiana refere que, "dado o difícil ambiente para as receitas e os baixos retornos, a redução dos custos operacionais continua a ser uma prioridade clara, e a pressão para melhorar os retornos é suscetível de levar a uma maior consolidação interna em alguns países".
A DBRS defende que, apesar da pandemia da covid-19 ter criado "uma perturbação económica significativa" em toda a Europa, o crédito malparado (Non-Performing Loans, NPLs) "ainda não mostrou um aumento material graças a moratórias, esquemas de financiamento estatal e garantias".
Contudo, a DBRS alerta que "é evidente que os créditos malparados irão aumentar quando o apoio governamental terminar" e que a trajetória dos NPL vai continuar a depender da duração das restrições económicas, do impacto económico global, bem como de quaisquer medidas de apoio adicionais.
"Entretanto, as posições de financiamento dos bancos europeus têm permanecido estáveis e vários bancos relataram um aumento material dos depósitos de clientes", refere a agência, adiantando que prevê que esta tendência se mantenha.
A agência refere que os níveis globais de capital também se mantiveram sólidos apesar dos ganhos mais fracos, em parte devido a proibições de distribuição de dividendos e a um relaxamento dos requisitos regulamentares, adiantando que espera que uma deterioração da qualidade dos ativos provoque um aumento dos ativos ponderados pelo risco em 2021 e uma menor geração interna de capital.
Para este relatório, a DBRS recolheu uma amostra de 40 bancos europeus, que foram classificados por país com base no local onde o banco está domiciliado, em França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Portugal, Finlândia, Irlanda, Bélgica (zona Euro), bem como o Reino Unido, Suécia, Noruega e Dinamarca. A Grécia também está incluída devido ao elevado nível de crédito malparado.
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