Leça. Ministro reúne-se com trabalhadores afetados por fecho da refinaria
Os trabalhadores da refinaria da Galp de Matosinhos têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento.
© Global Imagens
Economia Galp
O ministro do Ambiente e da Transição Digital, João Pedro Matos Fernandes, reúne-se, esta sexta-feira, com os sindicatos que representam os trabalhadores afetados pelo fecho da refinaria da Galp em Leça da Palmeira, Matosinhos.
Está previsto que o governante preste declarações no final do encontro, que está agendado para as 16h00, de acordo com a agenda divulgada pela tutela.
Os trabalhadores da refinaria da Galp de Matosinhos têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento.
"Vamos tomar todas as medidas institucionais para denunciar este crime económico que está a ser feito, a nível não só regional mas nacional", disse Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte), acusando o Governo de ser "cúmplice da administração da Galp".
A 21 de dezembro, a Galp anunciou, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que "continuará a abastecer o mercado regional mantendo a operação das principais instalações de importação, armazenamento e expedição de produtos existentes em Matosinhos", e que está a "desenvolver soluções adequadas para a necessária redução da força laboral e a avaliar alternativas de utilização para o complexo".
A empresa afirmou que as "alterações estruturais dos padrões de consumo de produtos petrolíferos motivados pelo contexto regulatório e pelo contexto covid-19 originaram um impacto significativo nas atividades industriais de 'downstreaming' da Galp", e disse que "o aprovisionamento e a distribuição de combustíveis no país não serão impactados por esta decisão".
Esta reconfiguração "permitirá uma redução de mais de Euro90m por ano em custo fixos e investimentos e c.900kt das emissões de CO2 e (scope 1 e 2) associadas ao sistema atual", refere a nota.
Esta decisão já desencadeou várias reações com o Governo a considerar que a decisão da Galp "levanta preocupações" em relação ao destino dos trabalhadores, mas a lembrar que as medidas anunciadas se inserem num processo que visa a descarbonização do setor energético.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com