Wall Street fecha em nível recorde um dia depois do ataque ao Capitólio
A bolsa nova-iorquina conservou hoje o otimismo apesar das violências na véspera no Capitólio, com os três principais índices a fecharem em níveis inéditos.
© REUTERS/Carlo Allegri
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão mostram que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average acabou em alta de 0,69%, para os 31.041,13 pontos, no que é o seu segundo recorde no que vai do ano.
Também em máximos históricos fecharam o tecnológico Nasdaq depois de valorizar 2,56%, para as 13.067,48 unidades, e o alargado S&P500, após ganhar 1,48%, para as 3.803,79.
"As ações negociaram em níveis historicamente elevados, com os investidores concentrados nas perspetivas de um estímulo orçamental suplementar", depois da certificação na quarta-feira da vitória eleitoral presidencial do democrata Joe Biden, sublinharam os analistas do Wells Fargo.
Os democratas garantiram, por outro lado, o controlo das duas câmaras do Congresso depois de ganharem os dois lugares no Senado que estavam em disputa no Estado da Geórgia, o que deve facilitar a adoção de novas medidas de estímulo económico ou de despesas nas infraestruturas.
Outro elemento que os analistas evidenciaram para tranquilizar os investidores, depois do ataque violento dos apoiantes de Trump ao Congresso, foi o facto de o próprio Trump ter "apelado a uma transição ordenada do poder, depois dos confrontos no Capitólio", sublinharam também os analistas do Wells Fargo.
Os dados económicos do dia reforçaram o sentimento de otimismo. A atividade nos serviços em dezembro foi mais forte do que previsto, segundo o índice ISM. Os pedidos semanais de subsídio de desemprego baixaram ligeiramente (três mil), para 787 mil.
O défice comercial para novembro aumentou oito por cento, para o nível mais alto desde 2006, o que foi considerado como um indicador positivo de uma recuperação do comércio internacional em contexto de pandemia.
A ação vedeta do dia foi novamente a da Tesla, que terminou em alta superior a sete por cento, como na véspera.
O título do construtor de viaturas elétricas topo de gama superou pela primeira vez a barra dos 800 dólares, o que permitiu uma gigantesca valorização bolsista do grupo em bolsa e elevar o seu patrão, Elon Musk, ao estatuto de homem mais rico do mundo, destronando Jeff Bezos, da Amazon.
"Que estranho...", reagiu o patrão da Tesla no Twitter. "Regressemos ao trabalho...", prosseguiu.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com