Petrolífera Santos anuncia investimento em Bayu-Undan no mar de Timor
A petrolífera australiana Santos anunciou hoje que vai investir 235 milhões de dólares (191,4 milhões de euros) para perfurações adicionais nos campos de Bayu-Undan no mar de Timor.
© Reuters
Economia Petróleo
"Estamos muito satisfeitos por podermos aproveitar uma oportunidade que não estava em cima da mesa há 12 meses, o que irá otimizar a recuperação de campo, alargar a produção e oferecer um valor significativo tanto à Joint Venture Bayu-Undan como ao povo de Timor-Leste", disse o diretor executivo da Santos, Kevin Gallagher, citado num comunicado da empresa.
"Só através de uma estreita e construtiva relação de trabalho com o Governo de Timor-Leste e os nossos parceiros do consórcio conseguimos avançar tão rapidamente para o nosso objetivo comum de maximizar o valor do campo Bayu-Undan", acrescentou.
O programa adicional de perfuração 'in-filling', que pretende conseguir uma maior recuperação de petróleo no campo, poderá representar um retorno de até 20 milhões de barris equivalentes de petróleo, segundo a empresa.
Este tipo de perfurações diminui o espaçamento médio entre poços num campo petrolífero, o que acelera a recuperação esperada e aumenta a recuperação final estimada de reservas.
A Fase 3C envolve três poços de produção (duas plataformas e um submarino), permitindo desenvolver reservas adicionais, prolongando a vida útil do campo de Bayu-Undan, bem como a produção a partir das instalações 'offshore' e da unidade de gás natural liquefeito (GNL) de Darwin, indicou a Santos.
A empresa adiantou que os poços vão ser perfurados, usando a plataforma Noble Tom Prosser, com o primeiro poço previsto para o segundo trimestre de 2021, e a produção a arrancar no terceiro trimestre do ano.
"Este programa de perfuração adiciona mais de 20 milhões de barris equivalentes de petróleo de reservas brutas e produção a um baixo custo de fornecimento e prolonga a vida útil do Bayu-Undan, reduzindo o período em que o GNL de Darwin está 'offline' antes do projeto Barossa arrancar", disse.
A Santos é a operadora e detém uma participação de 68,4% no Bayu-Undan e na Darwin LNG, que reduzirá para 43,4% após a conclusão de uma venda de 25% à SK E&S.
"A conclusão da venda à SK E&S está agora bem avançada com a aprovação do consórcio Bayu-Undan/DLNG e do regulador de Timor-Leste. Estamos em bom progresso no que se refere a aprovações regulamentares australianas. A venda será concluída assim que a decisão final de investimento sobre a Barossa for tomada na primeira metade de 2021", disse Gallagher.
A aprovação final do investimento ocorreu sete meses depois de a Santos se ter tornado operador do consórcio do campo, na sequência da conclusão da compra dos ativos da ConocoPhillips, no norte da Austrália e em Timor-Leste, operação com um valor final de 1,26 mil milhões de dólares (1,03 mil milhões de euros).
A Santos já acordou vender uma participação de 25% na Darwin LNG e no Bayu-Undan à SK E&S por 390 milhões de dólares (351,48 milhões de euros) e assinou uma carta de intenção de venda de uma participação de 12,5% na Barossa à Jera.
O plano da Santos é "fazer um alinhamento" entre os consórcios da Darwin LNG e da Barossa, acolhendo outras partes do projeto de gás e reduzindo a sua propriedade para os 40%, adiantou a empresa.
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