Os resultados definitivos da sessão indicam que o Nasdaq bateu um segundo recorde consecutivo, ao subir 0,50% para 12.658,18 pontos, e o alargado S&P500 valorizou 0,18%, para as 3.701,17 unidades, o que o colocou à beira de novo máximo histórico.

Ao contrário, o seletivo Dow Jones recuou 0,15%, para os 30.154,54 pontos.

Os investidores acolheram relativamente bem a decisão, esperada, da Fed de prosseguir com a sua política monetária ultra-acomodatícia (estimuladora do crescimento económico), mesmo que não tenha modificado o ritmo e a composição do seu programa de compra de ativos, ao contrário do esperado por alguns investidores e economistas.

Pouco depois da publicação do comunicado do comité de mercado aberto (FOMC, na sigla em Inglês), da Fed, às 19.00 de Lisboa, o Dow Jones reduziu as perdas que apresentava e o Nasdaq acelerou os ganhos.

O presidente da Fed, Jerome Powell, voltou a prometer a "utilização de toda a panóplia de instrumentos à sua disposição para apoiar a economia nestes tempos difíceis".

A Fed reviu em alta as suas previsões de crescimento para a economia dos EUA para 2,4% em 2020, com a recuperação económica a acentuar-se em 2021, com 4,2%, estabilizando-se em 2022, com 3,2%.

Antes, durante a manhã, os investidores ficaram com alguma ansiedade, ao conhecerem o mau índice de vendas do comércio retalhista nos EUA em novembro. A queda de 1,1% então verificada foi a mais severa deste indicador do consumo desde abril, quando a epidemia começou nos EUA.

Mas os investidores também estiveram atentos ao que se passava no Congresso, onde democratas e republicanos pareciam poder chegar a acordo sobre um programa de ajudas e estímulos económicos, muito esperado por famílias e empresas.

Uma proposta no montante de 908 mil milhões de dólares (744 mil milhões de euros) foi apresentada na segunda-feira por alguns congressistas, o que fez renascer o otimismo.

A necessidade de um novo plano de apoio imediato a famílias e empresas não oferece qualquer dúvida, insistiu também o presidente da Fed.

"O mercado bolsista parece estar a avançar em piloto automático para o fim do ano, o que deve permitir que as cotações continuem a subir, a não ser que se confrontem com obstáculos imprevistos", comentou Sam Stovall, da CFRA Research.

Entre os valores do dia, as ações do laboratório Pfizer, cuja vacina está a ser aplicada aos primeiros cidadãos dos EUA desde segunda-feira, caiu hoje, em 2,22%. O jornal New York Times informou que um profissional de saúde tinha tido uma forte reação alérgica depois de a vacina lhe ter sido administrada.

Já o título da Alphabet, a 'holding' da Google, pouco acusou, com um recuo de 0,27%, o anúncio de novos processos judiciais, apresentados por vários Estados dos EUA, que acusam este conglomerado da internet de práticas anticoncorrenciais na gestão das receitas publicitárias.

Pelo contrário, as ações do Twitter, selecionadas como um papel "de escolha" do ano numa nota de análise do JPMorgan, esteve em máximos de seis anos, para acabar a valorizar 2,31%, nos 54,04 dólares.

A plataforma norte-americana de comércio em linha Wish estreou-se em Wall Street pela porta pequena, ao terminar o dia em baixa de 16,46%.

Em sentido inverso, os produtores canadianos de canábis Aphria e Tilray viram sua fusão motivar uma forte subida, de 18,55%, do título desta segunda empresa.

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