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Pescadores da Torreira inconformados com proibição de apanhar berbigão

Dezenas de pescadores da Torreira concentraram-se hoje junto à Capitania do Porto de Aveiro, em protesto contra a proibição de apanhar berbigão ao norte da Ria, exigindo participar no processo de recolha de análises à água.

Pescadores da Torreira inconformados com proibição de apanhar berbigão
Notícias ao Minuto

15:09 - 11/12/20 por Lusa

Economia Pesca

Em 04 de dezembro, a zona, denominada RIAV1 e localizada ao norte da Ria de Aveiro, no Canal de Ovar, passou a ter a classificação C do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), sendo local preferencial para a apanha do berbigão que agora ficou interdita.

Segundo Nuno Teixeira, do Sindicato dos Pescadores da Zona Norte, "o berbigão é nesta época a fonte de sustento dos pescadores da Torreira", mas com a mudança da classificação da zona para C é exigida a depuração industrial pelo que as licenças que possuem não permitem a apanha.

"Neste momento, o que implica a classificação é que não há apanha do berbigão", disse de forma perentória o capitão do Porto de Aveiro, Humberto Rocha, admitindo que o impedimento possa não ser definitivo.

"Sei que foram feitas recolhas (de água) na quarta-feira e que hoje é esperado o resultado das análises. Não sei se serão reconhecidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mas é esperado esse resultado e penso que será o ponto de partida para se poder perceber se há condições para alterar a classificação", revelou.

Humberto Silva Rocha recebeu uma delegação dos pescadores, tendo-se prontificado a transmitir as preocupações dos manifestantes às entidades competentes, e esclarecido não fazer parte das suas atribuições interferir no processo de classificação das zonas da apanha.

Jacinto Gamelas, em representação dos pescadores da Torreira, no concelho da Murtosa, disse que "tem que ser clarificado o processo que leva às análises" e exigiu que os pescadores possam acompanhar e participar nesse processo.

"Nós, que vivemos da Ria, temos o direito a saber quando, como, e onde são feitas as recolhas e o processo deve ser o mais transparente possível para que possamos acreditar nele", declarou.

"É a nossa vida das nossas famílias que está em jogo. Somos cerca de 1.500 pessoas que dependemos diretamente da Ria e de forma particular da apanha de bivalves, e esta proibição da apanha na área da Ria de Aveiro onde todos trabalhamos põe em causa a nossa sobrevivência", concluiu.

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