Reino Unido em "emergência económica" com contração de 11,3% do PIB
O Reino Unido atravessa um período de "emergência económica" e vai registar uma contração sem precedentes do Produto Interno Bruto (PIB) de 11,3% em 2020 devido à pandemia, segundo as previsões anunciadas hoje pelo ministro das Finanças britânico.
© Lusa
Economia Covid-19
As previsões oficiais para o próximo ano apontam para um crescimento de 5,5%, indicou ainda o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, durante um discurso no Parlamento.
No entanto, levará até ao final de 2022 para que a economia regresse aos seus níveis antes da crise da covid-19.
"A nossa emergência sanitária ainda continua e a nossa emergência económica só agora começou. Portanto, a nossa prioridade imediata é proteger vidas e padrões de vida", disse o ministro, apresentando um amplo plano de despesas.
"Os danos económicos são suscetíveis de durar a longo prazo", enfraquecendo a economia durante muitos anos, disse Sunak.
Sunak, confiando nas previsões do gabinete de responsabilidade orçamental (OBR) do Governo, disse que a taxa de desemprego atingirá o seu pico no segundo trimestre de 2021 quando subir para 7,5%.
No total, o Governo está a mobilizar 280 mil milhões de libras esterlinas (cerca de 313,8 mil milhões de euros) para ajudar a economia a resistir à tempestade.
Os serviços públicos receberão um total de 55 mil milhões de libras (cerca de 61,6 mil milhões de euros) no próximo ano, incluindo o sistema de saúde do SNS, escolas e segurança.
O Governo promete que as despesas atuais do país irão crescer 3,8% este ano e no próximo, a taxa mais elevada em 15 anos.
Estas medidas irão aumentar o défice governamental para 394 mil milhões de libras esterlinas (cerca de 441,6 mil milhões de euros) para o atual exercício financeiro ou 19% do PIB, como resultado de esforços sem precedentes para sustentar o emprego face ao choque da pandemia.
No entanto, Sunak, membro do partido conservador que afirma ser o arauto da ortodoxia orçamental, advertiu que, numa tentativa de limitar o esgotamento das finanças públicas, os salários da função pública serão congelados, exceto para o SNS e rendimentos muito baixos.
Além disso, o Reino Unido reduzirá drasticamente a sua ajuda ao desenvolvimento no próximo ano para 0,5% do PIB, contra a habitual taxa de 0,7%.
Esta redução desencadeou uma onda de críticas, particularmente por parte da Prémio Nobel da Paz Malala Yousafzai.
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