A empresa, que também está presente em Portugal e é controlada em 70% pelo grupo italiano Enel, prevê que até ao final da década, 80% de toda a sua produção de eletricidade seja "verde", sem emissões de gases nocivos para a atmosfera.

A Endesa considera que esta década será "fundamental" para o setor devido às "múltiplas e profundas mudanças" que a atividade energética em Espanha e Portugal enfrenta, devido "à descarbonização, à eletrificação massiva da procura e ao respeito pelos critérios de sustentabilidade e circularidade da atividade empresarial".

A energética espanhola pretende aproveitar ainda as "oportunidades" decorrentes tanto do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima espanhol como dos fundos de recuperação pós-covid provenientes da União Europeia.

A aposta em novas tecnologias vai-se traduzir num impulso nos sistemas de armazenamento de baterias e projetos de hidrogénio potencialmente elegíveis para o Fundo Europeu de Recuperação, afirma a empresa.

Por outro lado, prevê que o número de clientes no segmento do mercado livre cresça 23%, dos atuais 5,7 milhões no final do corrente ano para cerca de sete milhões em 2030.

A Endesa também publicou hoje na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhol a revisão do seu plano estratégico para o período de três anos 2021-2023, no qual prevê que o lucro líquido ordinário aumente de um valor estimado de 1,7 mil milhões em 2021 para 1,9 mil milhões em 2023, um crescimento de quase 12%.

A empresa espera aumentar a sua capacidade de produção de energia renovável em 50% até 2023 para 11,5 gigawatts (GW), em comparação com os 7,7 GW que estima estarem disponíveis até ao final do ano.

A empresa anunciou hoje que irá distribuir um dividendo provisório a partir dos resultados de 2020 de 0,70 euros brutos por ação, a ser pago em 04 de janeiro próximo.

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