"A REN concluiu os primeiros nove meses do ano de 2020 com um resultado líquido de 76,1 milhões de euros, menos 10,3 milhões de euros (-11,9%) do que no mesmo período de 2019, com o negócio internacional a contribuir com 10,4 milhões de euros (13,6%)", indicou, em comunicado, a empresa.

Conforme explicou a empresa, este resultado é penalizado pela CESE, cujo valor totalizou 28,2 milhões de euros.

Por sua vez, os resultados financeiros avançaram, no período em causa, 7% para um resultado negativo de 36,7 milhões de euros, "sustentados pelo menor custo médio da dívida (1,9% contra 2,2%)".

De janeiro a setembro, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da empresa cedeu 4,2% para 352,5 milhões de euros.

Já o investimento (capex) ascendeu a 103,7 milhões de euros, uma redução de 6,6 milhões de euros face aos primeiros nove meses de 2019, 73% dos quais relacionados com o negócio da eletricidade e 8,5% devido aos negócios no Chile.

A dívida líquida, por seu turno, ascendeu, desde o início do ano, a 2.743 milhões de euros, um decréscimo de 2,9%, equivalente a 83 milhões de euros.

"A nível operacional, os primeiros nove meses do ano ficaram inevitavelmente marcados pelos impactos da pandemia de covid-19 na atividade económica", notou a empresa liderada por Rodrigo Costa.

A evolução anual do consumo de energia elétrica registou, no final de setembro, um retrocesso de 3,5% ou menos 4,2% com correção de temperatura e dias úteis, enquanto o consumo de gás natural caiu 1,5%, com o "segmento convencional a apresentar uma variação negativa de 6%, enquanto o segmento de produção de energia elétrica ganhou 6,9%".

No final do período de referência, o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 0,97 (média histórica igual a um) e o de produtibilidade eólica em 0,89 (média histórica igual a um).

A produção renovável abasteceu, no mesmo período, 56% do consumo, repartido por hidroelétrica (24%), eólica (22%), biomassa (7%) e fotovoltaica (3%).

A produção não renovável abasteceu 38% do consumo, sobretudo, com gás natural, representando o carvão cerca de 3% do consumo.

O saldo de trocas com o estrangeiro representou os restantes 6% do consumo.

Segundo os dados divulgados pela REN, de janeiro a setembro, o terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines totalizou 47 operações de descarga de navios com 47,218 terawatts por hora (TWh), o equivalente a 93% da energia para aprovisionamento de gás natural em Portugal.

Na sessão de hoje da bolsa, as ações da REN ficaram inalteradas em 2,34 euros.

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