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Incumprimento de prazos de pagamento põe em causa "sobrevivência"

A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) considera que o incumprimento dos prazos de pagamento são um obstáculo ao crescimento das empresas e põe mesmo em causa a sua sobrevivência, segundo o comunicado hoje divulgado.

Incumprimento de prazos de pagamento põe em causa "sobrevivência"
Notícias ao Minuto

17:23 - 11/11/20 por Lusa

Economia Empresas

A ACEGE realigou hoje um seminário 'online' sobre a importância do cumprimento dos prazos de pagamento a fornecedores - em que participaram Informa D&B, Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica), Caixa Geral de Depósitos, CIP (Confederação Empresarial de Portugal), IAPMEI e Ordem dos Contabilistas Certificados - no âmbito da sua campanha 'Compromisso Pagamento Pontual'.

Segundo a ACEGE, os incumprimentos de prazos no pagamento a fornecedores "são um entrave ao crescimento das empresas, pondo em risco a sobrevivência de muitas PME [pequenas e médias empresas], sobretudo num momento crítico como o que a economia atravessa".

O comunicado hoje divulgado cita um estudo da Informa D&B, relativo a agosto, segundo o qual apenas 15,4% das empresas em Portugal pagavam dentro dos prazos acordados com os seus fornecedores (abaixo dos 16% de fevereiro).

O incumprimento de prazos deteriou-se mais nos setores mais sensíveis ao impacto da pandemia, isto quando ainda nao é possível tirar conclusões definitivas "porque muitas empresas recorreram a medidas de apoio que podem estar a mitigar a situação".

Segundo o mesmo estudo, entre fevereiro e agosto, 40% das empresas agravaram mesmo os atrasos nos pagamentos.

Já 40% mantiveram o mesmo nível de atraso e as restantes 20% melhoraram nos prazos de pagamento.

"Na generalidade do tecido empresarial, o número médio de dias agravou-se, passando de 26 em fevereiro para 27 em agosto", lê-se no comunicado hoje divulgado.

Além disso, 7,3% das empresas pagou com atrasos superiores a 90 dias, acima dos 7,1% de fevereiro. Ainda assim, a grande maioria das empresas (66%) continua a pagar com um atraso inferior a 30 dias.

O estudo da Informa D&B concluiu ainda que há mais empresas com probabilidade de atrasos nos pagamentos nos próximos 12 meses.

Segundo o indicador de risco Delinquency (avalia qual a probabilidade de, nos próximos 12 meses, uma empresa pagar aos fornecedores com atrasos superiores a 90 dias), a percentagem das empresas com risco mínimo ou reduzido é de 41,3%, menos 0,9 pontos percentuais do que em dezembro de 2019, o que tem que ver sobretudo com o risco de pequenas empresas dos setores de alojamento, restauração e retalho (os mais afetados pela crise pandémica).

Esta terça-feira, o 'Compromisso Pagamento Pontual' (CCP) criticou o novo aumento das dívidas do Estado a fornecedores, apesar do compromisso para as reduzir, acusando o Governo de "insensibilidade" numa altura em que há empresas "em situações aflitivas de tesouraria".

Segundo o CPP, as dívidas por pagar a fornecedores há mais de 90 dias por parte da Administração Central aumentaram em setembro pelo quarto mês consecutivo (mais 21% face a agosto), somando 425 milhões de euros, o que representa um crescimento de 130% face ao mínimo de 185 milhões de euros registados em maio de 2020 e o dobro do montante de março (quando, disse o CCP, "o Governo se comprometeu, de forma voluntária, a acelerar a liquidação de todas as dívidas em atraso e a melhorar os prazos de pagamento").

Em reação, o Ministério das Finanças atribuiu "essencialmente aos hospitais EPE", e também a um "perfil intra-anual", o recente aumento dos pagamentos em atraso do Estado a fornecedores, afirmando que estes voltarão "a baixar significativamente" no final do ano.

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