"É vital passar do reconhecimento dos riscos importantes colocados pelas alterações climáticas à estabilidade financeira, para o momento em que as consequências quantitativas destes riscos são avaliadas e tratadas", segundo Brainard.
Estas considerações de Brainard, apontada na comunicação social como uma possibilidade para a Secretaria do Tesouro de um governo de Joe Biden, foram publicadas no relatório semestral da Fed sobre estabilidade financeira.
Esta foi a primeira vez que este documento considerou o impacto das alterações climáticas na economia.
Brainard deplorou a falta de clareza das empresas quanto ao custo financeiro da sua verdadeira exposição aos riscos ligados às alterações climáticas.
"Os mercados financeiros têm dificuldade em analisar e quantificar os riscos climáticos", sublinhou no texto.
Furacões, tempestades, inundações, incêndios florestais "podem conduzir os investidores a rever repentinamente a sua perceção do valor dos seus bens ou dos seus ativos financeiros", detalhou ainda Brainard.
"As alterações climáticas acrescentam uma camada de incerteza e riscos económicos que só agora estamos a integrar na nossa análise de estabilidade financeira", indica a Fed no seu relatório.