Resultados do PIB do terceiro trimestre "acima das expetativas"
O Católica Lisbon Forecasting Lab - NECEP, da Universidade Católica de Lisboa, considerou hoje que os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) português ficaram "acima das expetativas", algo transversal à Europa e América do Norte.
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Economia NECEP Católica
"Estes dados evidenciam um ressalto acima das expetativas no caso português, um fenómeno transversal às várias economias europeias e norte-americana", considerou o centro de estudos da Universidade Católica de Lisboa numa leitura dos números hoje conhecidos enviada à Lusa.
O Produto Interno Bruto (PIB) português caiu 5,8% no terceiro trimestre do ano face ao mesmo período de 2019, mas recuperou 13,2% face ao segundo trimestre deste ano, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"O bom dado do 3.º trimestre suporta uma variação do PIB de Portugal entre -9,0% e -7,0% em 2020, compatível com as estimativas do Ministério das Finanças e do Banco de Portugal e implicando uma revisão em alta do cenário central do NECEP de -10%", pode também ler-se na nota.
Relativamente à perda de 5,8% em termos homólogos, "a perda foi de 5,8% em termos homólogos, o que seria o pior registo de sempre desde 1978 excluindo os -16,4% registados no 2.º trimestre".
"O nível ora alcançado é equivalente a 93,6% do PIB observado no 4.º trimestre do ano passado, o último período 'normal' sem o efeito da pandemia e do confinamento", refere o núcleo da Católica de Lisboa.
Segundo o NECEP, "a evolução do PIB resulta do contributo da procura interna, especialmente do bom desempenho do consumo privado, e não tanto da procura externa líquida, se bem que seja reconhecido o bom comportamento das exportações de bens, mas não de serviços", impactados pela "crise na fileira do turismo".
No entanto, "os desenvolvimentos recentes da pandemia, com uma segunda vaga intensa e generalizada, tornam a aumentar a incerteza do crescimento económico nos próximos trimestres", ressalva o NECEP.
"Na zona euro, o PIB recuperou 12,7% em cadeia após -11,8% no 2.º trimestre, sendo de assinalar a recuperação acentuada das economias mais afetadas pelo confinamento da primavera, incluindo Espanha (+16,7%), Itália (+16,1%) e França (+18,2%)", destaca ainda o NECEP.
Já nos Estados Unidos "o PIB cresceu 7,4% em cadeia no 3.º trimestre, um nível de 97,7% do PIB do quarto trimestre de 2019. A variação homóloga foi de -2,9%".
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