O resultado líquido do banco surpreendeu os mercados, pois ficou aquém das expectativas que apontavam para os 597,3 milhões de francos suíços, segundo a agência Bloomberg.
A justificação para a queda do lucro, segundo a mesma agência, teve a ver com um pior desempenho na gestão de fortunas a nível internacional, uma área chave do Credit Suisse, apesar do recém-criado banco de investimento ter compensado em parte a queda com a sua atividade na Ásia.
As receitas, por sua vez, caíram 2% no terceiro trimestre, para 5,2 mil de francos suíços.
Em comunicado, o Credit Suisse, o segundo maior banco do país, explicou também que os resultados foram afetados negativamente pelas despesas de reestruturação, no montante de 107 milhões de francos suíços e pelas provisões para litígios, no valor de 152 milhões francos suíços.
Já as provisões para fazer face a perdas potenciais devido ao crédito concedido cifraram-se em 94 milhões de francos suíços, montante que ficou abaixo da previsão de 243,3 milhões de euros, mas acima do valor contabilizado no mesmo trimestre do ano anterior.
O banco aumentou os ativos líquidos de novos clientes em 18 mil milhões de francos suíços e apresentou um rácio de capital core Tier 1 (um dos indicadores mais relevantes para a avaliação da robustez/solvabilidade) de 13%, ou seja, acima da estimativa que apontava para 12,5%.
Além disso, informou que vai recomprar pelo menos 1.000 milhões de francos em ações até 2021, seguindo seu maior rival, o grupo UBS, ao sinalizar um regresso à recompra de ações, segundo a Bloomberg.
Este regresso à recompra de ações surge após o supervisor suíço ter feito pressão junto da banca deste país para que esta conservasse o capital durante o auge da pandemia de Covid-19.