"No seguimento das várias reuniões tidas com a ministra da Cultura, [Graça Fonseca], secretário de Estado do Comércio e Serviços, [João Torres], secretária de Estado do Turismo, [Rita Marques], várias forças com representação no parlamento e após as medidas anunciadas pelo executivo liderado por António Costa ao longo do último mês, a APSTE considera insuficientes as propostas e defende que foram esquecidas questões vitais", notou, em comunicado, a associação.

Entre as reivindicações da APSTE está o congelamento das amortizações para não aumentar os prejuízos das empresas e a extensão das moratórias até ao final de 2021.

A associação exige ainda um CAE (código de Classificação Portuguesa das Atividades Económicas) específico para o setor dos audiovisuais e serviços técnicos para eventos.

Por outro lado, considerou ser insuficiente a linha de crédito no valor de 50 milhões de euros para microempresas de gestão de eventos.

"Apesar de apreciarmos o esforço do Governo, a verdade é que nos faltam respostas para temas essenciais. Este é um setor que faturou centenas de milhões de euros em 2019, só os nossos associados contribuíram com cerca de 140 milhões, e conta com muitos profissionais altamente qualificados e especializados, não podemos abdicar de tudo isto", notou, em comunicado, o presidente da APSTE, Pedro Magalhães.

Este responsável ressalvou que algumas matérias ainda estão a ser negociadas, mas vincou que, caso não exista um acordo, o setor não terá outra opção senão avançar com novas ações de protesto que, avisa, "poderão ser mais incómodas".

Fundada em junho, a APSTE pretende regular o setor, através da criação de regras para a melhoria dos serviços a prestar pelos associados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.