PAC. Ministra da Agricultura destaca "resultados muito positivos"
Os ministros da Agricultura da UE chegaram hoje a acordo sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC).
© Ministério da Agricultura
Economia PAC
Os ministros da Agricultura da UE chegaram a acordo sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) marcada por regras ambientais vinculativas, um passo importante antes da negociação com os eurodeputados. A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, destaca os "resultados muito positivos".
"Portugal alcançou – nestas difíceis negociações – resultados muito positivos face à proposta inicial da Comissão apresentada em 2018, permitindo condições para uma transição justa, transição ecológica e ambiental que não deixe ninguém para trás e que garanta o rendimento dos agricultores e um preço justo para o agricultor. Permitindo aos agricultores continuar a apostar na modernização e na inovação da sua atividade permitindo que a agricultura se constitua uma opção atrativa para os jovens e capaz de promover a revitalização dos territórios rurais", refere a ministra da Agricultura, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
A tutela revela ainda que o acordo alcançado traduz-se numa PAC mais "orientada para os resultados, que garante as condições necessárias para que os agricultores europeus possam continuar a sua trajetória rumo a um crescimento sustentável", segundo o mesmo comunicado.
Do acordo, a tutela destaca os seguintes pontos:
- Um novo modelo de desempenho da PAC, baseado num plano estratégico único por Estado-membro que engloba o primeiro e o segundo pilar da PAC.
- Garantia de um nível adequado de subsidiariedade ao nível da conceção dos instrumentos de apoio.
- Ambição Ambiental e Climática da PAC – condicionalidade reforçada, novos regimes ecológicos anuais no 1.º pilar e medidas agroambientais no 2º pilar acompanhada de mecanismos de adaptação às realidades nacionais.
- Estabelecimento de limites mínimos de afetação de 20% para os regimes ecológicos assegurando flexibilidade suficiente para evitar subutilização de fundos do primeiro pilar.
- Elegibilidade dos investimentos em infraestruturas de regadio sustentável.
- Manutenção da exceção, existente para Portugal, de um maior nível de apoios ligados à produção permitindo a competitividade e a viabilidade de setores específicos.
- Manutenção da isenção para os pagamentos abaixo dos 2000€ da regra da disciplina financeira.
As orientações adotadas pelos Estados-membros vão agora ser objeto de negociações com o Parlamento Europeu, que vota esta semana as propostas. Os Estados e os eurodeputados terão de decidir juntos até ao início de 2021 sobre as regras a aplicar a partir de janeiro de 2023.
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