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Conselho Geral do Montepio critica alterações aos benefícios a associados

Os membros do Conselho Geral da Associação Mutualista Montepio Viriato Silva e Carlos Areal criticaram, numa carta enviada aos associados, as alterações ao regulamento de benefícios da instituição, que serão votadas na assembleia-geral (AG) desta quinta-feira.

Conselho Geral do Montepio critica alterações aos benefícios a associados
Notícias ao Minuto

16:46 - 14/10/20 por Lusa

Economia Montepio

Na missiva, a que a agência Lusa teve acesso, lê-se que, "no que se refere às alterações ao Regulamento de Benefícios em vigor, trata-se ainda e mais uma vez de piorar as condições de remuneração das modalidades diminuindo as taxas técnicas das mesmas".

Os autores da carta, que concorreram contra a lista de Tomás Correia, que entretanto saiu, nas últimas eleições, fizeram as contas e garantem que "num conjunto de modalidades a associação contabilizava em cada ano um rendimento de 3% e noutros casos de 4% acrescentando esse valor ao que tinha sido entregue pelo associado".

"Sendo verdade que o nível de remuneração das poupanças praticadas pelos bancos está muito próximo de zero, é proposto agora que as novas taxas técnicas sejam de 0,3% e noutras modalidades num valor situado entre 0,015% e 1,5%", referem os autores da carta.

Segundo Viriato Silva e Carlos Areal, esta alteração é "produto dos maus investimentos e péssimos resultados obtidos pelas empresas do grupo".

"Aquele que era um dos elementos distintivos e que era favorável aos associados vai deixar de existir, diminuindo a sua capacidade de atração de novas poupanças", lamentam.

A carta avalia ainda o outro ponto que será debatido na AG de quinta-feira, o relatório e contas consolidado de 2019 do grupo, considerando que "nenhum dos sinais negativos já patentes nas contas individuais da Associação Mutualista desapareceu neste período".

Os autores destacam a "desvalorização do valor da Caixa Económica Montepio Geral (Banco Montepio) traduzida na criação de uma nova imparidade no valor de 377,5 milhões de euros" e uma "apreciação por parte dos auditores contratados (PWC) de discordância e negação quanto a valorização dos créditos fiscais que desde há alguns anos servem para equilibrar os ativos e os passivos da associação".

Viriato Silva e Carlos Areal falam em "desinteresse" e "falta de competência" da qual "o Conselho de Administração da Associação Mutualista não se pode demitir", destacando "anos e anos de perda de quota de mercado no crédito à habitação" e a "anunciada dispensa de cerca de 800 trabalhadores do banco".

A carta acusa ainda os administradores das empresas que fazem parte do universo Montepio de terem acesso a remunerações "em linha com o que melhor se pratica no sistema financeiro" e acesso a uma "frota automóvel generosamente distribuída por todos os apoiantes", entre outras críticas.

O Banco Montepio teve prejuízos de 51,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, que comparam com os lucros de 3,6 milhões de euros do mesmo período de 2019, tendo justificado com as imparidades que constituiu (109,4 milhões de euros) para fazer face a perdas de crédito decorrentes da crise desencadeada pela covid-19.

No final de junho, o grupo Banco Montepio tinha 3.962 trabalhadores (mais 25 do que em junho passado) e 328 agências em Portugal.

O Banco Montepio - detido pela Associação Mutualista Montepio Geral - já tinha anunciado em junho o fecho de 31 balcões até final do ano.

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