Num relatório no qual analisa as medidas financiadas pelo Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) no ano passado, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) destaca que as medidas executadas "tiveram impacto no volume de tráfego rodoviário, tendo-se verificado redução destes volumes e abrandamento dos ritmos de crescimento em vários segmentos da Rede Nacional de Autoestradas, principalmente na AML [Área Metropolitana de Lisboa] e AMP [Área Metropolitana do Porto]".
"Face ao aumento das taxas de ocupação do transporte público e abrandamento do tráfego rodoviário na AML e AMP, parece plausível admitir que se estava a verificar até ao final de 2019 uma transferência modal do transporte individual para o transporte público", sublinhou.
No relatório, o IMT estima que a aplicação do PART "terá permitido a redução de 154 mil toneladas de emissões de CO2", segundo uma estimativa que admitiu que a totalidade dos novos utilizadores de transporte público que foi possível determinar e que envolveu as duas áreas metropolitanas e nove CIM, terá deixado de utilizar o transporte individual nos nove meses em que vigorou o programa.
O PART teve em 2019 um financiamento total de 102,2 milhões de euros provenientes do Orçamento do Estado e das autarquias, 98,6% dos quais se destinaram a medidas de redução tarifária e 1,4% a medidas de aumento da oferta, segundo o IMT.
O relatório completo de avaliação do impacto do PART nas AM e CIM está disponível aqui.