Agricultores querem produzir energias renováveis com recurso a fundos
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu hoje a criação de um programa que permita aos agricultores produzir energias renováveis, dando resposta ao desafio das alterações climáticas.
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Economia Agricultores
"Na linha de ambição europeia de promover a utilização de energias renováveis e corresponder aos desafios das alterações climáticas, a CAP preconiza a implementação de um programa que permita aos agricultores portugueses produzirem energia renovável, valorizando os recursos e tendo em conta as especificidades próprias do setor, através de um balanço do consumo anual ou intra-anual de três anos, de forma a abranger as especificidade e a sazonalidade dos consumos", lê-se no documento "Ambição Agro 2020-30".
Em causa está um conjunto de propostas, hoje apresentadas em Lisboa, que pretendem enquadrar a visão do setor agrícola na recuperação económica do país.
Segundo a CAP isto pode passar pela criação de uma conta corrente, que permita a produção de energia durante o dia e "o correspondente consumo" durante a noite, "promovendo a descarbonização".
Para o setor, uma parte dessa produção deverá poder ser considerada como autoconsumo renovável.
No entanto, a confederação ressalvou que importa garantir o aproveitamento eficiente e integral dos recursos energéticos endógenos associados à agricultura, à floresta e à pecuária.
"Estes objetivos poderão ser atingidos através da mobilização dos fundos europeus e nacionais destinados à ação climática e à transição energética, assente na incorporação de renováveis e aumento da eficiência energética, incluindo, se for caso disso, o novo mecanismo de recuperação e resiliência", considerou.
A Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030 surgiu na sequência de um convite feito em maio pelo primeiro-ministro a António Costa Silva, para que delineasse um programa de médio prazo, de forma a responder de forma estruturada à crise financeira, económica e social provocada pela pandemia da covid-19.
Trata-se de uma proposta programática de médio e longo prazo, dividida em "10 eixos estratégicos: Rede de Infraestruturas indispensáveis; qualificação da população, a aceleração da transição digital, as infraestruturas digitais, a Ciência e Tecnologia; Saúde e o futuro; Estado Social; Reindustrialização do país; Reconversão industrial; Transição energética e eletrificação da economia; Coesão do território, Agricultura e Floresta; Novo paradigma para as cidades e a mobilidade; e Cultura, Serviços, Turismo e Comércio.
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