Turismo Porto e Norte pede ao Governo "discriminação positiva"
O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) pediu hoje ao Governo "discriminação positiva" para o setor, por ser "muito importante" para o país, mas sobretudo por "levar por arrastamento" outras áreas de atividade.
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Economia Turismo
"O Governo tem de perceber que as empresas, até os turistas voltarem, têm de sobreviver, como os postos de trabalho, porque depois dá-se o caricato de termos turistas, mas não empresas", disse Luís Pedro Martins, à margem da inauguração do posto de turismo do Alto Tâmega, em Chaves.
Falando numa "equação que exige cuidado", o também presidente da Associação de Turismo do Porto, eleito hoje para o cargo, sublinhou que este setor é "muito importante" para o país, nomeadamente para territórios do interior, e para outras áreas de atividade, nomeadamente têxtil, loiças, transportes e vinhos.
O turismo quando está bem leva "por arrastamento" uma série de outros setores e o mesmo ocorre quando está mal, vincou Luís Pedro Martins.
"Esperamos sobreviver este ano", afirmou, apontando o regresso à normalidade no setor na Páscoa de 2021.
Questionado sobre um eventual novo encerramento de fronteiras com a vizinha Espanha, Luís Pedro Martins entendeu que se tiver de acontecer será por razões de saúde pública e, essas, estão acima de outras.
"Por mais que nos custe, temos de concordar se vier a acontecer, porque a saúde pública está sempre em primeiro lugar", frisou.
O presidente do TPNP assumiu que essa possibilidade irá trazer ainda mais constrangimentos ao setor do turismo, nomeadamente na região Norte dado a Galiza ser o principal mercado desta região.
Por esse motivo, Luís Pedro Martins mostrou-se preocupado com a celebração do Ano Jacobeo, em Santiago de Compostela (Espanha), agendada para 2021.
"Uma situação que nos preocupa a todos em relação à Galiza é termos o Jacobeo aqui tão próximo e nós não sabermos se vamos poder retribuir aos espanhóis aquilo que eles também nos dão", considerou.
Além disso, o presidente do TPNP revelou que o caminho que mais estava a crescer dentro dos existentes para Santiago de Compostela era o português.
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