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Há muito a fazer para melhorar presença 'online' do calçado português

Cerca de três quartos das empresas portuguesas que integram o 'cluster' português do calçado e artigos de pele tem presença 'online', mas a associação do setor considera que há "ainda muito trabalho a fazer" na digitalização da fileira.

Há muito a fazer para melhorar presença 'online' do calçado português
Notícias ao Minuto

09:00 - 16/09/20 por Lusa

Economia Associação

"Consideramos que o ponto de partida é interessante, mas também que há muito ainda para fazer. Há um caminho longo a percorrer em matéria de promoção das nossas empresas 'online' e é isso que estamos a estimular, porque entendemos que o futuro também passará por aqui", afirmou o diretor de comunicação da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) em declarações à agência Lusa.

Falando no âmbito do lançamento, na próxima quinta-feira, do Portal Portuguese Shoes - apresentado como "a maior montra de calçado português alguma vez criada" e que reunirá 'online' 10 mil produtos de 400 empresas - Paulo Gonçalves considerou que o 'cluster' português do calçado e artigos de pele "está no trilho correto", mas deve continuar a reforçar a aposta no digital.

Segundo as conclusões do estudo "O cluster português de calçado na Internet", elaborado para a APICCAPS pelo Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica do Porto e que inquiriu 328 empresas e 362 marcas, no segmento de calçado 75% das empresas têm presença 'online', consubstanciada num 'site', subindo esta percentagem para os 78% no caso das empresas de componentes para calçado e de artigos de pele e marroquinaria.

O trabalho evidencia que "a percentagem de empresas com 'site' é ligeiramente crescente com a dimensão", mas revela que 4% dos 'sites "consistem apenas numa página a dizer 'site' em construção", facto que a APICCAPS encara com "preocupação".

O inglês é a língua mais comum, utilizada em 90% dos 'sites', enquanto o português surge em apenas 75% dos casos, o que se considera "fazer sentido para uma fileira altamente exportadora como a do calçado".

O estudo revela ainda que quase 71% das empresas com 'site' apresenta um catálogo de produtos, cerca de 27% permite ao consumidor comprar 'online' e apenas 9% das empresas permite a personalização dos seus produtos.

Evidenciando que "a presença nas redes sociais começa a ser importante para as empresas" do 'cluster' do calçado, o trabalho aponta que quase 60% tem presença no Facebook, 37% no Instagram e 21% no Linkedin, sendo que "a presença nas redes sociais não tem relação com a dimensão" das companhias e "as empresas mais ativas do 'cluster' são as de marroquinaria".

Das apenas 27% das empresas que dispõem de loja 'online', 66% aceitam encomendas de todo o mundo, 14% vendem os seus produtos apenas no mercado europeu e 9% exportam para alguns destinos fora da União Europeia, ainda que não para todo o mundo.

Cerca de 2% das empresas vendem em Espanha e Portugal e 9% vendem apenas em território nacional.

A presença em plataformas 'online' é, de acordo com o inquérito, "escassa" e mais frequente em empresas com mais de 250 colaboradores: Apenas 6,7% das empresas analisadas integra a Amazon, 5,8% a Overcube e 5,2% a Dot.

Já a Zappos, vocacionada para o comércio do calçado, é a que regista menor presença de empresas portuguesas (menos de 2%).

"É com base nesta radiografia do 'cluster' português de calçado na Internet que a APICCAPS pretende atuar, criando novas dinâmicas de intervenção para que o setor chegue com maior eficiência e acrescido impacto aos profissionais do setor", sustenta a associação.

Anualmente, a indústria portuguesa de calçado exporta 80 milhões de pares de calçado para 163 países, nos cinco continentes, num valor próximo dos 2.000 milhões de euros.

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