Produtos petrolíferos em Cabo Verde com descida generalizada de preços
Os produtos petrolíferos regulados em Cabo Verde registaram descidas generalizadas dos preços no primeiro semestre do ano, com destaque para a gasolina, gasóleo e gás butano que atingiram os mínimos históricos de 2004, informou hoje a agência reguladora.
© Lusa
Economia Petróleo
No seu relatório sobre o setor dos combustíveis, referente ao primeiro semestre de 2020, a Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME) de Cabo Verde concluiu ainda que, em média, os produtos petrolíferos regulados tornaram-se 4,6% mais baratos, mensalmente.
Relativamente ao primeiro semestre de 2019, o regulador constatou que os preços estiveram 12,9% mais baratos, mensalmente.
"De uma forma geral, a atividade petrolífera em Cabo Verde perdeu a pujança de crescimento das vendas dos últimos cinco anos (média de 11,5% ao ano), alavancado sobretudo pela reconquista do mercado de 'bunkering' e de aviação", salientou a ARME.
Mas nos primeiros seis meses deste ano, houve uma redução de 35,6% nas vendas dos produtos petrolíferos, comparativamente ao período homólogo, e os produtos mais afetados foram o jet A1 e o fuelóleo (marinha internacional).
Em todas as ilhas, no primeiro semestre registou-se uma redução média de vendas de combustíveis por parte das duas petrolíferas (Vivo Energy e Enacol) de 15%.
As vendas para a marinha internacional e para a aviação totalizaram quase metade das vendas de combustíveis em Cabo Verde (49,3%), enquanto as para produção de eletricidade e nos postos de venda contribuíram com 44,2% do total.
No mesmo relatório, a agência reguladora cabo-verdiana indicou que as importações do período totalizaram 167.132 toneladas métricas (MT), uma diminuição de 32,1% em relação ao mesmo período de 2019.
De janeiro a junho, o gasóleo foi o produto petrolífero com maior volume de importação por Cabo Verde, totalizando 58.329 toneladas métricas, o que representa 34,8% do total das importações.
No período em análise, o custo de compra de combustíveis foi cerca de 8,8 mil milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 80 milhões de euros), o que representa um decréscimo de 31,8% relativamente ao primeiro semestre de 2019.
A ARME referiu que o primeiro semestre do ano ficou marcado pela pandemia da covid-19, em que a atividade petrolífera mundial ressentiu-se profundamente, devido ao confinamento de pessoas, afetando os transportes (aéreos, terrestres e marítimos), um dos grandes consumidores de combustíveis.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 904 mil mortos e quase 28 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Até quinta-feira, Cabo Verde registava um acumulado de 4.575 casos desde 19 de março e 43 mortes provocadas pela doença.
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