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"Terminou o ciclo do silêncio, iniciou-se o ciclo do esclarecimento"

António Ramalho reage à auditoria sobre o Novo Banco, que revelou perdas líquidas de 4.042 milhões de euros na instituição.

"Terminou o ciclo do silêncio, iniciou-se o ciclo do esclarecimento"
Notícias ao Minuto

11:11 - 02/09/20 por Notícias Ao Minuto

Economia António Ramalho

O presidente do Novo Banco, António Ramalho, considera que esta é altura de prestar esclarecimentos sobre os desenvolvimentos em torno da instituição bancária, atirando que o "ciclo do silêncio" terminou. É assim que Ramalho reage e prepara-se para prestar esclarecimentos sobre a auditoria ao Novo Banco, que foi divulgada na segunda-feira

"Terminou o ciclo do silêncio, iniciou-se o ciclo do esclarecimento. É absolutamente essencial que percebam que o banco tenderá a explicar todas as operações que realizou, todos os seus atos de gestão", começou por dizer António Ramalho. 

António Ramalho considerou que nos últimos três meses o Novo Banco recebeu um "conjunto de críticas sem precedentes" e que se manteve "silencioso dentro do limite das suas possibilidades" porque estava a decorrer a auditoria.

A auditoria externa ao BES e ao Novo Banco revelou perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco e, segundo o Governo, o "relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves" até 2014.

"O relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves de controlo interno no período de atividade até 2014 do Banco Espírito Santo no processo de concessão e acompanhamento do crédito, bem como relativamente ao investimento noutros ativos financeiros e imobiliários", de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças.

"Se fossemos a vender ativo a ativo, demorávamos mais de 20 anos"

"Se fossemos a vender ativo a ativo, mesmo a vender cinco por dia, demorávamos mais de 20 anos quando tínhamos dois anos para o fazer", afirmou em conferência de imprensa, em Lisboa, a propósito da auditoria da Deloitte aos atos de gestão do BES/Novo Banco entre 2000 e 2018.

Ramalho disse ser um "executante" dos compromissos assumidos entre Portugal e a Comissão Europeia, aquando da venda de 75% do banco à Lone Star (em 2017), acrescentando que, se não o fizesse, o banco teria de alterar a sua dimensão, incluindo com despedimentos.

95% de perdas apontadas na auditoria são do tempo do BES

O presidente executivo do Novo Banco disse que 95% das perdas referidas na auditoria da Deloitte devem-se a ativos anteriores a 2014, ou seja, que pertenciam ao BES e passaram para o Novo Banco na resolução.

O responsável disse ainda que as vendas de ativos feitas nos últimos anos aconteceram porque o banco a isso estava obrigado, cumprindo as regras de concursos internacionais, com assessoria especializada e com escrutínio.

O Ministério das Finanças indicou ter remetido o relatório à Assembleia da República, bem como ao Banco Central Europeu, ao Banco de Portugal, ao Fundo de Resolução, à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

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