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Saída de Roberto Azevedo da OMC lança incerteza na organização

A saída do brasileiro Roberto Azevedo da liderança da Organização Mundial de Comércio (OMC), a partir de hoje, deixa a entidade numa situação de incerteza que poderá não ter resolução tão cedo, apesar de haver oito candidatos à sucessão.

Saída de Roberto Azevedo da OMC lança incerteza na organização
Notícias ao Minuto

18:20 - 31/08/20 por Lusa

Economia OMC

Azevedo, que causou polémica ao abandonar a OMC um ano antes do final do seu mandato de diretor-geral para assumir um cargo na Pepsi, sai numa altura crítica, depois de vários obstáculos colocados pela administração americana de Donald Trump ao funcionamento da organização.

Entre os principais problemas, conta-se o bloqueio do seu principal mecanismo de resolução de conflitos, paralisado desde dezembro devido à recusa dos Estados Unidos em designar novos juízes.

Segundo recorda a agência Efe, Roberto Azevedo aludiu a "razões pessoais" para justificar a saída e assegurou que sua decisão de deixar a OMC com um ano de antecedência tinha a ver com seu desejo de que o processo de seleção do seu sucessor não atrapalhasse a preparação da conferência ministerial da organização marcada para julho de 2021.

Azevedo "decidiu deixar o cargo de maneira oportunista, quando a organização está afundada na sua pior crise", disse à Efe o ex-presidente do mecanismo de apelação da OMC Ricardo Ramirez.

A partir de hoje, a OMC dependerá dos quatro vice-diretores-gerais, responsáveis pelas decisões nas suas áreas respetivas até que um diretor-geral seja eleito, o que deve acontecer até 07 de novembro, se os EUA decidirem apoiar o processo.

Mas com as eleições marcadas também para novembro, Washington pode acabar por arrastar esta situação, de acordo com especialistas consultados pela AFP.

A agência recordou ainda que após a saída de Azevedo deveria ser um dos quatro vice-diretores da OMC - um americano, um alemão, um nigeriano e um chinês - a assumir o cargo de presidente interino. Mas Washington e Bruxelas não chegaram a um acordo.

Elvire Fabry, do Instituto Jacques Delors, observou, citado pela AFP, que o "veto americano" à nomeação alemã, que foi apoiada pela maioria dos países, está ligado principalmente ao desejo do Presidente Donald Trump de "endurecer o equilíbrio de poder com a União Europeia (...) na véspera das eleições".

Entretanto, foram-se perfilando oito candidatos à sucessão, um pouco de todo o mundo.

O antigo ministro da Economia e do Planeamento da Arábia Saudita Mohammed al-Tuwaijri e o antigo ministro do Comércio Exterior britânico Liam Fox - que é apoiado pelo atual primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson -, estão entre os candidatos.

A ex-ministra do Desporto do Quénia Amina Mohamed que já tinha presidido os três órgãos mais importantes da OMC, também se apresentou como candidata à liderança desta instituição.

A antiga ministra da Finanças da Nigéria Ngozi Okonjo-Iweala, o mexicano Jesús Seade e o egípcio Abdel-Hamid Mandou foram os primeiros três a apresentar candidaturas para suceder a Azevedo.

O moldavo Tudor Ulianovschi e a coreana Yoo Myung-hee também estão na corrida para a liderança da organização.

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