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ERSE alerta Concorrência para problemas no mercado de gás de garrafa

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) pediu à Autoridade da Concorrência uma análise ao mercado de GPL engarrafado, por ter identificado margens de comercialização elevadas, entre outros problemas estruturais, foi hoje divulgado.

ERSE alerta Concorrência para problemas no mercado de gás de garrafa
Notícias ao Minuto

12:40 - 31/08/20 por Lusa

Economia AdC

"A ERSE identificou problemas estruturais ao nível do mercado de GPL engarrafado, assente em elevados níveis de concentração e em ganhos acumulados pelos operadores ao longo da cadeia de valor, tendo em conta a integração vertical que caracteriza este setor, bem como os demais vínculos empresariais", informou o regulador, que publicou hoje o Relatório de Análise do Mercado de Gases de Petróleo Liquefeito (GPL) Embalado 2018-2020.

De acordo com a ERSE, a integração vertical do mercado conduz à prática de margens de comercialização elevadas, que "se revelaram particularmente altas e sem fatores estruturais que o justifiquem, no contexto de fragilidades socioeconómicas decorrentes do estado de emergência decretado".

O regulador diz também ser frequente os três maiores operadores - Galp, Rubis e Repsol - apresentarem preços alinhados, para certas tipologias de garrafas, traduzindo-se nas ofertas dos preços de venda ao público (PVP) mais elevados.

No sentido oposto, os operadores com menores quotas de mercado e os novos entrantes, apresentam, para a generalidade das garrafas que comercializam, as ofertas comerciais mais competitivas, praticando margens inferiores.

A ERSE informa que já remeteu o seu relatório à Autoridade da Concorrência, pedindo uma análise com vista à identificação de eventuais práticas ilegais.

O regulador lembra que os três principais operadores são também detentores das três maiores instalações de receção, armazenamento e expedição de produtos de GPL: a CLC, a Pergás e a Sigás.

A ERSE adianta ter verificado a existência de "entraves no acesso a terceiros" àquelas infraestruturas logísticas, declaradas de interesse público.

O relatório revelou que o PVP do gás de garrafa se tem mantido estável entre 2018 e 2020, independentemente das alterações de preço nos mercados internacionais, o que só é possível em "contexto de margens elevadas", que permite acomodar as variações das cotações internacionais.

As margens elevadas, observadas em todo o período em análise, atingiram "valores particularmente elevados" este ano, durante o estado de emergência, em contexto de pandemia de covid-19.

Naquele período, as margens atingiram cerca de 84%, 83% e 81% do PVP antes de impostos, nas garrafas de propano de 11 kg, de butano de 13 kg e de propano de 45 kg, respetivamente, em contraciclo com a evolução dos preços dos derivados nos mercados internacionais.

"Apenas com a fixação administrativa de preços máximos de venda, durante o período do estado de emergência, se verificou uma queda das margens médias de comercialização para valores em linha com a média verificada em 2018 e 2019", refere a ERSE.

Em Portugal, cerca de dois terços dos agregados familiares utilizam GPL, principalmente fora das zonas de distribuição de distribuição de gás natural, ou para aquecimento doméstico.

A comercialização de GPL ocorre em regime de mercado, sendo os preços estabelecidos livremente.

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