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Covid-19. Exportações do têxtil e vestuário caem 17% no 1.º semestre

As exportações portuguesas de têxteis e vestuário caíram 14%, para 355 milhões de euros, em junho face ao mesmo mês de 2019, acumulando uma quebra de 17% no primeiro semestre devido à pandemia, divulgou hoje a associação setorial.

Covid-19. Exportações do têxtil e vestuário caem 17% no 1.º semestre
Notícias ao Minuto

13:29 - 14/08/20 por Lusa

Economia Covid-19

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), tratados pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), nos primeiros seis meses deste ano o valor exportado pelo setor foi de 2.208 milhões de euros, menos 17% face ao mesmo período de 2019.

De acordo com a associação, "alguns subsetores tiveram um desempenho ainda mais negativo" em junho, sendo que, "se não fossem considerados os resultados das exportações de máscaras e vestuário de proteção (acréscimo de 33 milhões de euros face a junho de 2019), as exportações deste mês tinham sofrido uma quebra de 22%".

"A recuperação do setor têxtil e vestuário está a ser lenta, com impactos diversos em termos de subsetores", refere.

Assim, em junho as exportações de vestuário caíram 25% (com o vestuário em tecido a registar uma quebra de 37%), as exportações de tecidos recuaram 27% (com alguns tecidos a registarem quebras superiores, como os tecidos de lã (- 50%), tecidos de filamentos sintéticos (-32%) e tecidos de fibras sintéticas ou artificiais (-31%) e as de têxteis-lar caíram 17% (com as exportações de tapetes a diminuírem 23%, as de cobertores -56% e as de artigos de decoração -37%).

No acumulado dos primeiros seis meses do ano, as exportações de vestuário que, no primeiro semestre de 2019 representavam 59% do total do setor, caíram 23%.

Já as exportações de têxteis para o lar, que representam cerca de 11% das exportações setoriais, sofreram uma quebra de 22%, sendo que, dentro dos têxteis-lar, as exportações de tapetes caíram 32%, as de cobertores 33% e as de outros artefactos para guarnição de interiores (decoração) 37%.

Em termos absolutos, nota a ATP, foram as exportações de roupas de cama, mesa, toucador e cozinha que registaram maior quebra: menos 45 milhões de euros, equivalente a -20%.

Já as exportações de tecidos, que representam 11% do total do setor, caíram 20%, tendo sido os tecidos especiais os que registaram pior desempenho absoluto: menos 18 milhões de euros, equivalente a -29%. Os tecidos em lã sofreram uma quebra de 32%.

Os têxteis técnicos, que representam igualmente 11% do total das exportações do setor, assinalaram uma quebra das exportações de 8,0%.

Em sentido inverso, as exportações de máscaras, vestuário de proteção para uso médico, de feltro ou falsos tecidos e outros artigos semelhantes de proteção na luta contra a covid-19 aumentaram cerca de 103 milhões de euros, "tendo permitido que as exportações do setor não tenham tido uma quebra, no semestre, superior a 22%".

Em termos de destinos, os comunitários caíram 25%, com Espanha a apresentar as maiores quebras, registando menos 228 milhões de euros, ou seja -33%.

O Reino Unido apresentou o segundo maior recuo, com menos 26 milhões de euros, equivalente a -15%, e a Itália o terceiro: menos 17 milhões de euros, ou seja, -12%.

Pelo contrário, a França destacou-se como o destino com o maior acréscimo absoluto (um aumento de quase oito milhões de euros, ou seja, +2%), seguida do Chipre, com um aumento de cerca de cinco milhões de euros (+452%).

No primeiro semestre, o saldo da balança comercial do setor foi positivo em 399 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 122%.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 750 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.770 pessoas das 53.548 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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