Setor de serviços cresce 5% no Brasil em junho
O setor de serviços no Brasil cresceu 5% em junho face ao mês de maio, interrompendo uma sequência de quatro taxas negativas seguidas com perdas acumuladas de 19,5%, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
© Lusa
Economia Brasil
O órgão de estatísticas frisou que mesmo com o resultado positivo obtido em junho, o volume de serviços no país ficou 14,5% abaixo do patamar registado em fevereiro, último mês antes da adoção das medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19.
Na comparação entre junho 2020 e o mês do ano passado houve uma queda de 12,1%. O setor de serviços fechou o primeiro semestre de 2020 recuando 8,3%, com queda em quatro das cinco atividades pesquisadas.
Em junho, entre os 166 serviços investigados pelo IBGE, o segmento de restaurantes foi um dos que mais influenciaram o índice.
"Com as medidas de isolamento, muitos restaurantes estavam fechados, ainda que alguns estivessem funcionando por 'delivery'. Com a flexibilização, ou seja, com o aumento do fluxo de pessoas nas cidades brasileiras, eles começaram a abrir e a receita do segmento voltou a crescer, impactando o volume de serviços de junho", explicou Rodrigo Lobo, gestor da pesquisa.
O investigador do IBGE destacou que a retração sentida pelo setor em fevereiro (-1,1%) foi conjuntural e refletia uma acomodação frente ao comportamento apresentado no fim de 2019.
Os efeitos do isolamento social começaram a ser sentidos nos últimos 10 dias de março, quando começaram as paralisações decretadas por prefeitos e governadores no país. Entre março e maio, o setor teve uma retração de 18,6%.
Os cinco setores pesquisados acompanharam o resultado positivo dos serviços em junho, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com avanço de 6,9%, e serviços de informação e comunicação, com crescimento de 3,3%.
"É a segunda taxa positiva para o setor de transportes. Tanto ele quanto os serviços prestados às famílias mostraram perdas em março e abril e taxas positivas em maio e junho. Mas o crescimento dos últimos dois meses foi insuficiente para recuperar a perda dos meses anteriores", analisou Lobo.
Em maio e junho, o setor de transportes acumulou uma subida de 11,9%, enquanto a perda acumulada de março e abril foi de 25,2%.
"Entre os segmentos do setor que tiveram crescimento esse mês estão transporte rodoviário de carga, transporte aéreo de passageiros e operação de aeroportos. Com isso, o setor de transporte teve o aumento mais intenso desde junho de 2018", concluiu o gestor da pesquisa do IBGE.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com