"A União Europeia e os Estados-membros não tomaram as ações necessárias para cumprir com as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC)", indicou o representante dos EUA para o Comércio Externo, Robert Lighthizer, em comunicado.
Não obstante, Lighthizer adiantou que vai começar "um novo processo para alcançar" uma solução "duradoura".
Lighthizer qualificou as alterações como "modestas" e realçou que "o volume de produtos europeus sujeitos a estas medidas continuará sem alterações, em 7,5 mil milhões de euros, e as taxas em 15% sobre produtos aeronáuticos e 25% para os outros".
Esta modificação entra em vigor em 01 de setembro próximo.
A decisão de Washington foi tomada apesar de a Airbus ter informado em junho que renunciava às condições preferenciais nos créditos concedidos por Espanha e França para a construção do seu avião A350, que foram considerados pela OMC como ajudas ilegais, e do pedido do comissário europeu do Comércio, Phil Hogan, para que os EUA retirassem as tarifas, por as considerar "injustificadas".
A medida é o último episódio da disputa comercial nascida do conflito resultante dos subsídios que recebeu o construtor aeronáutico europeu Airbus em detrimento do rival norte-americano Boeing, que a OMC resolveu em favor de Washington.
Por esse motivo, a instituição internacional autorizou os EUA a impor sanções a produtos da União Europeia e do Reino Unido pelos mencionados 7,5 mil milhões de euros.