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GamaLife, antiga GNB Vida, diz não ter relação com Greg Lindberg

A seguradora GamaLife, anteriormente designada por GNB Vida e pertencente ao Novo Banco, rejeitou esta segunda-feira ter "qualquer relação" com o gestor acusado de corrupção Greg Lindberg, segundo um comunicado ao mercado.

GamaLife, antiga GNB Vida, diz não ter relação com Greg Lindberg
Notícias ao Minuto

20:29 - 10/08/20 por Lusa

Economia Novo Banco

"A GamaLife esclarece que não tem, tal como a Apax Partners, e os fundos assessorados pela Apax Partners, qualquer relação (de propriedade ou outra com Greg Evan Lindberg", pode ler-se num comunicado enviado pela seguradora à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa assegura ainda que "o envolvimento da Apax Partners na aquisição da GamaLife (anteriormente conhecida como GNB Vida) só começou após os problemas amplamente divulgados do Sr. Lindberg, quando já era bastante evidente que ele não seria capaz de completar esta transação".

"Os fundos assessorados pela Apax Partners negociaram então a aquisição da GBIG Portugal S.A. a uma empresa luxemburguesa, a qual, segundo sabemos, incluía o Sr. Lindberg como beneficiário a um nível superior", pode também ler-se no comunicado, que refere a aprovação da compra da GNB Vida pelas autoridades regulatórias portuguesas e europeias.

A seguradora GNB Vida (agora designada Gama Life), "foi vendida em outubro de 2019, a fundos geridos pela Apax Partners, com um desconto de 68,5% face ao valor contabilístico inscrito no balanço de 30 de junho daquele ano", escreveu esta segunda-feira o jornal Público.

A operação "gerou uma perda para a instituição financeira de 268,2 milhões de euros" e serviu para o presidente do Novo Banco, António Ramalho, "justificar novo pedido de injeção de dinheiros públicos", explica o Público.

No entanto, escreve o jornal, "não é apenas a variação acentuada de valores a suscitar controvérsia, são os sinais de que as autoridades nacionais e europeias desvalorizaram os indícios de ligação do comprador da Gama Life ao magnata do setor segurador Greg Lindberg, condenado já este ano pela Justiça norte-americana por corrupção e fraude fiscal".

Em setembro de 2018, o banco de António Ramalho tinha comunicado ao mercado que a GNB Vida tinha sido vendida por 190 milhões de euros à Bankers Insurance Holdings, pertencente ao Global Bankers Insurance Group, detido por Greg Lindberg.

Contudo, o negócio entrou em compasso de espera depois de se ter tornado público que Lindberg estava a ser investigado por fraude fiscal, corrupção e pagamentos indevidos ao Partido Republicano a troco de benefícios regulatórios para o Global Bankers, escreve ainda o jornal.

O Público associa os currículos dos gestores da GamaLife (nova designação da GNB Vida) a Greg Lindberg, apelidando o "principal executivo" Matteo Castelvetri de "braço direito" de Lindberg na Europa, mencionando ainda que o número dois, Alistair Wallace Bell, foi diretor de estratégia e de operações do GBIG para a Europa, sendo agora ambos parceiros na antiga GNB Vida.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) afirmou esta segunda-feira que não observou nenhuma ligação entre os compradores da GNB Vida, seguradora do Novo Banco, e Greg Lindberg, gestor acusado de corrupção nos Estados Unidos.

"A ASF, nas múltiplas diligências efetuadas, antes e após a referida deliberação de não oposição [à operação de compra da GNB Vida], não apurou qualquer ligação entre Greg Evan Lindberg e o grupo adquirente da GNB - Companhia de Seguros de Vida, S.A.", pode ler-se numa nota de imprensa enviada esta segunda-feira pela ASF às redações.

O Fundo de Resolução, entidade na esfera do Banco de Portugal (BdP) que detém 25% do Novo Banco, afirmou também esta segunda-feira que o montante da venda da seguradora GNB Vida refletiu "o valor de mercado" da empresa, à data.

"Na avaliação do Fundo de Resolução, o valor da venda correspondeu ao valor da melhor oferta recebida na sequência de um processo de venda aberto e competitivo e reflete, portanto, o valor de mercado, naquele momento, do ativo em causa", pode ler-se num comunicado enviado esta segunda-feira pelo Fundo de Resolução às redações.

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